FMCG Vinhos

Para vencer na China, tem de se compreender a China

Por a 23 de Fevereiro de 2010 as 12:01

A oportunidade que a China representa para o sector do vinho só pode ser explorada caso os produtores compreendam que estão perante um mercado muito diferente. Esta é a principal conclusão do estudo “The China Wine Market Landscape Report”, realizado pela Wine Intelligence, em que são dados alguns números relativamente à população e consumo, referindo que o país possui, actualmente, uma classe média/alta a rondar os 34 milhões habitantes e que esse número aumentará para 82 milhões em 2025.

O estudo salienta, contudo, que quem pretender apostar no mercado chinês só o conseguirá fazer com sucesso, se traçar estratégias específicas para a China e não se limitar a adoptar as estratégias utilizadas para outros mercados.

“As marcas globais têm de encontrar o que o consumidor chinês realmente deseja, explicando os produtos e compreender que terão de oferecer produtos feitos à medida”, avança Richard Halstead, COO da Wine Intelligence ao decanter.com.

De acordo com o responsável, os consumidores chineses ainda julgam o processo de compra de vinhos importados algo difícil, mesmo em supermercados internacionais como o Carrefour ou Tesco, nos quais existe pouca informação no rótulo relativamente ao vinho em questão.

“Penso que a maioria da indústria do vinho concordará que a Ásia, globalmente, e a China em particular, representam oportunidades colossais para se conseguir um crescimento nas vendas nos próximos 20 a 30 anos”, admite Halstead.

O responsável do Wine Intelligence refere, contudo, que “quanto mais se analisa o mercado, maior a percepção de que os detentores de marcas globais ainda têm de fazer muito trabalho, seja em termos de distribuição e/ou posicionamento de produto, de modo a atrair o consumidor chinês”.

Actualmente, “a cultura chinesa cresceu a pensar que vinho equivale a vinho tinto”, salienta Halstead, concluindo que esta realidade está a mudar. “Enquanto as importações de vinhos espumosos e brancos representam cerca de 10% da totalidade, existem aqui oportunidades de crescimento à medida que os consumidores concebem os seus próprios gostos”.

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