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Tendências e desafios no setor do retalho para 2023

Por a 7 de Fevereiro de 2023 as 11:21
João Amaral, Retail Senior Account Manager da SAS

João Amaral, Retail Senior Account Manager da SAS

João Amaral, Retail Senior Account Manager do SAS

Sempre que se inicia um novo ano, tentamos perspetivar as principais dificuldades e desafios que possam advir, tendo em conta aquilo que tem vindo a acontecer, a evolução do mercado, assim como os riscos, as variáveis e alternativas, como a procura, o estado da economia, o mercado de trabalho, que, por sua vez, impactará o custo de vida e o poder de compra.

Neste artigo, propomo-nos então a olhar para o retalho, tentando compreender quais os fatores que maior impacto causarão neste setor que, nos últimos tempos, e tal como tantos outros, tem vindo a “ajustar-se” devido às constantes e imprevisíveis transformações, de forma a resistir perante um eventual cenário de crescimento ou incerteza e estagnação.

Em primeiro lugar, temos o comércio eletrónico cuja popularidade, em parte devido ao Covid-19, tem crescido nos últimos anos, continuando por isso a ser uma tendência importante. As lojas virtuais são cada vez mais populares para os consumidores e a verdade é que são também cada vez mais as empresas que investem na sua presença digital, como facilitadores da compra, mesmo que esta ocorra em loja.

A experiência do cliente é outra tendência, já que as empresas estão cada vez mais preocupadas em oferecer aos clientes uma experiência única, positiva e personalizada, o que inclui a implementação de tecnologias como inteligência artificial e análise de dados para melhor compreender as necessidades e preferências dos clientes.

O multi ou omnicanal continua a ser uma realidade e, por isso, as empresas devem continuar a unir esforços, de forma a conhecer melhor o seu cliente oferecendo-lhe uma experiência consistente e integrada de compra, independentemente do canal escolhido para efetuar as suas compras. Isto inclui integrar as operações online e offline, além de permitir que os clientes comprem online e recolham em loja.

A rapidez na entrega é outro requisito que continua obrigatório: os consumidores escolhem o fornecedor que lhes garanta maior confiança e rapidez na entrega. As empresas estão a esforçar-se para oferecer opções de entrega rápida e conveniente. Isto inclui a utilização de modelos alternativos e disruptivos de entrega, para além de parcerias com empresas de transporte para garantir entregas céleres.

Por último, mas não necessariamente menos importante, destacamos o tema da sustentabilidade e o facto de a consciencialização perante as questões ambientais ser cada vez maior. Isto é, sem dúvida, muito positivo e tem levado muitos retalhistas a procurar formas de ser mais sustentáveis. Como? Através da utilização de materiais recicláveis, redução de emissões de carbono e implementação de práticas de gestão de resíduos como, por exemplo, a desmaterialização das faturas, recibos digitais ou embalagens e sacos de transporte.

A par destas cinco tendências que acabámos de elencar, há outros aspetos a ter em conta como a procura e as preferências do consumidor que terão um impacto significativo sobre como os produtos são distribuídos e vendidos, assim como os tipos de produtos que estão em tendência. Os avanços tecnológicos também irão influenciar a forma como os produtos são distribuídos e vendidos, tal como os tipos de produtos disponíveis. Não podemos deixar de referir as condições económicas, pois estas afetarão os preços dos produtos e a disponibilidade de determinados produtos. As mudanças regulatórias também podem ter impacto na distribuição e no retalho, uma vez que certas regulamentações podem restringir ou permitir determinadas atividades. E, por fim, a concorrência terá um papel muito importante na forma como os produtos são distribuídos e vendidos, pois as empresas competirão para oferecer os melhores preços e produtos.

Assim, neste novo ano centremo-nos no consumidor e na satisfação das suas necessidades e expectativas de forma prática, com a tónica na oferta de uma experiência física e online unificada, não deixando de parte a vertente da sustentabilidade!

*Artigo originalmente publicado na edição 409 do Hipersuper

 

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