Setor olivícola do Alentejo está paralisado. Aumento da produção esgota capacidade de armazenamento
O setor olivícola do Alentejo está paralisado, desde a apanha de azeitona aos lagares que a transformam, denunciou esta quinta-feira a Fenazeites (Federação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Olivicultores), em comunicado enviado às redações.
“Num ano em que se prevê que a produção de azeite venha a atingir valores na ordem das 180 mil toneladas, o que constitui a maior campanha desde que há registos, todo o setor olivícola do Alentejo está paralisado, desde a apanha de azeitona aos lagares que a transformam”, informa a Fenazeites, acrescentando que “as três grandes unidades de receção de bagaço de azeitona, proveniente dos lagares, cooperativos e não cooperativos, que processam toda a azeitona produzida no Alentejo, têm a sua capacidade de armazenamento esgotada ou praticamente esgotada e não aceitam mais matéria-prima”.
“Toda esta situação está a provocar prejuízos incalculáveis aos agricultores e empresas ligadas ao setor, além de que será aterrador o que poderá ocorrer à cadeia de valor oleícola, por não haver onde colocar aquele bagaço de azeitona, cuja produção estimada prevê atingir os 900 milhões de quilos”, acrescenta a Fenazeites.
Apesar de o setor cooperativo ter vindo a sensibilizar as entidades responsáveis para a possibilidade desta situação poder ocorrer, as unidades extratoras não tiveram autorização nem para aumentar a sua capacidade, nem licenciamento para abrir novas unidades, acrescenta a Federação.