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Lucro da Jerónimo Martins sobe como um foguete no primeiro trimestre em 66,3%

Por a 28 de Abril de 2021 as 17:54

Jeronimo MartinsO resultado líquido da Jerónimo Martins, no primeiro trimestre de 2021, disparou para 58 milhões de euros, um crescimento de 66,3% face ao período homólogo do ano transato.

Em comunicado enviado esta quarta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo liderado por Pedro Soares dos Santos reporta vendas de 4.786 milhões de euros, resultando num crescimento de 1,5% face aos primeiros três meses de 2020. O crescimento das vendas comparáveis atingiu 3,2%.

“Este trimestre é particularmente difícil de comparar com o mesmo período de 2020 quando registámos um excelente desempenho em Janeiro e Fevereiro, antes de sermos forte e inesperadamente afetados pelos primeiros efeitos, em Março, da pandemia de Covid-19”, refere Pedro Soares dos Santos, presidente e CEO da companhia, citado no mesmo documento.

“Mesmo sabendo que, pela sazonalidade, o primeiro trimestre é o de menor materialidade, os resultados alcançados são encorajadores e reforçam a nossa confiança na capacidade de cada insígnia garantir a preferência dos consumidores e entregar crescimento rentável em 2021”, acrescenta.

O EBITDA do grupo detentor do Pingo Doce atingiu 322 milhões de euros, tendo registado assim um aumento de 4% face ao trimestre anterior. A  margem EBITDA foi de 6,7%, aumentando 0,1 pontos percentuais  face ao período homólogo do ano anterior.

Os custos adicionais relacionados com a Covid-19, ao nível do EBITDA, cifraram-se em 5 milhões de euros, valor que compara com os 16 milhões de euros do primeiro trimestre de 2020.

Apesar do crescimento das vendas na totalidade do grupo, o Pingo Doce fechou o trimestre de 2021 com uma ligeira descida de 0,8%, totalizando vendas de 929 milhões de euros, o que se ficou a dever ao desempenho “negativo dos postos de gasolina”. Excluindo o combustível, a companhia refere que as vendas cresceram 0,3% em relação ao primeiro trimestre de 2020, incluindo as vendas comparáveis com uma descida de 1,6%

“O Pingo Doce continuou a ser impactado pelo limite imposto ao número de pessoas dentro das lojas. Em Março, o desempenho foi já positivo, refletindo um comparativo mais favorável nas últimas semanas do mês. Atendendo às necessidades dos consumidores em tempos difíceis, a insígnia manteve uma forte dinâmica comercial”, refere o comunicado. Durante os primeiros três meses do ano foram abertas  duas novas lojas e registaram-se cinco remodelações.

Na Polónia, o mercado mais importante do grupo de distribuição, as vendas cifaram-se em 3.388 milhões de euros no primeiro trimestre, registando uma subida de 3,9%. Em moeda local, as vendas tiveram um crescimento de 9,2%, incluindo um crescimento das vendas comparáveis de 6,5%.

“As medidas de confinamento, embora com impacto negativo nas compras de impulso, beneficiaram as vendas a retalho, já que o encerramento dos restaurantes e escolas se traduziu num aumento do número de refeições em casa”, salienta o grupo, no mesmo documento. A Jerónimo Martins, neste período, abriu 21 lojas, que se traduzem em 15 adições líquidas, tendo remodelado 79 pontos de venda.

O Recheio, devido ao encerramento e às condicionantes do canal Horeca, foi naturalmente a unidade de negócio que sofreu as maiores perdas. Registando vendas de 173 milhões de euros, a insígnia sofreu um recuo de 19% face aos primeiros três meses de 2020, tendo as vendas comparáveis descido 19,3%.

Num contexto económico frágil, as vendas na Colômbia aumentaram 0,6% para 237 milhões de euros. As vendas, em moeda local, subiram, 10,5%,  com as vendas comparáveis da Ara a subir 3,7%.  A Jerónimo Martins abriu 26 lojas na Colômbia no primeiro trimestre do ano.

Já a Hebe desceu as vendas em 10,9% para 57 milhões de euros. “Excluindo o negócio das farmácias encerrado em Julho de 2020, as vendas cresceram 5,4% com um LFL (like-for-like) de 0,1%”, lê-se ainda no documento.

 

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