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Queda nas vendas da Mango é amortecida pelo crescimento exponencial do canal online em 2020

Por a 8 de Março de 2021 as 14:04

Mango_novoA Mango encerrou o exercício de 2020 com um volume de negócios de 1.842 milhões de euros, um recuo de 22% face aos 2.374 milhões registados em 2019. Neste capítulo, o mercado espanhol representava 21% do volume de negócios, cabendo os restantes 79% à atividade internacional. A companhia atingiu, por outro lado, um resultado bruto de 110 milhões de euros negativos, valor que compara com os lucros de 41 milhões em 2019.

 
O crescimento do canal online amorteceu a diminuição nas vendas provocada pelo encerramento temporário das lojas físicas durante o ano, medida decretada pelas autoridades nacionais para combater a pandemia.

O primeiro canal registou um volume de negócios de 766 milhões de euros, um crescimento de 36% face ao ano anterior. O canal online representava, no final de 2020, 42% do volume de negócios do grupo, quando em 2019 a proporção era de 24%. Já o o canal físico registou uma redução de 43% no volume de negócios.

Em comunicado, a empresa salienta que o crescimento do online foi “muito importante” nos 85 países onde está disponível. Em Portugal, França ou Itália, mercados-chave para a empresa, o aumento aproximou-se dos 100%, superando em alguns casos esta fasquia.

“Vivemos um ano absolutamente excecional e imprevisto para todos. Graças à grande aposta que a Mango tem vindo a fazer desde há 20 anos no seu canal online, conseguimos que em 2020 tenham representado 42% do nosso volume de negócios total, que é um número extraordinário no nosso setor e uma grande vantagem competitiva para a nossa empresa”, refere Toni Ruiz, CEO da Mango, citado em comunicado.

A Mango projeta, para 2021, um volume de negócios de 1.000 milhões de euros no canal digital, dando como explicação para esta estimativa a “hiperpersonalização da experiência de navegação e compra em todos os dispositivos, utilização de novas tecnologias baseadas na inteligência artificial para melhorar o serviço pós-venda e a inclusão das franquias nas iniciativas omnicanal”.

Tendo presente a situação excecional vivida em 2020, a Mango cortou despesas operacionais em 230 milhões de euros, tendo ainda reforçado a tesouraria com um empréstimo do ICO 240 milhões de euros.

Com um EBITDA acima de 193 milhões de euros, depois da aplicação da regulamentação NIIF-16, a Mango reduziu ainda a dívida bancária líquida em 20% para 156 milhões de euros.
Ao longo de 2021, a empresa vai trabalhar para reforçar o seu posicionamento de marketplace no canal online, no qual se iniciou a venda de produtos da Intimissimi, do grupo Calzedonia.

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