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Trabalhadores dos entrepostos do Lidl em greve

Por a 28 de Agosto de 2020 as 13:04

LidlOs trabalhadores dos entrepostos do Lidl do Linhó e de Torres Novas entraram esta sexta-feira em greve, segundo uma publicação na página de Facebook do CESP – Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal.

Em causa está a reivindicação de aumentos salariais. Por outro lado, o CESP informa que a negociação do caderno reivindicativo e a resolução dos problemas dos trabalhadores do Lidl são os outros dois objetivos da greve.

Contactada pelo Hipersuper, fonte do Lidl lembra que, no que diz respeito aos salários, estes foram aumentados para 670 euros em 2019 no primeiro ano trabalho. “Estar acima do ordenado mínimo nacional tem sido pratica recorrente na empresa. Adicionalmente no Lidl após dois anos, o salário ao nível de operador é de 820 euros, havendo uma progressão natural”, adianta a mesma fonte.

Fonte oficial da cadeia de retalho recorda que, em janeiro de 2020, houve um aumento do subsídio de refeição para 7,63 euros, “o máximo legal permitido sem encargos adicionais para o colaborador e que se traduz num aumento adicional líquido de 192€ ao final do ano (16 euros/mês) para os colaboradores a tempo inteiro e que representa cerca de 1800 euros no fim de um ano”, explica.

Da parte dos trabalhadores, o CESP adianta ainda que estes “exigem uma alteração do comportamento da administração do Lidl, que respeite os direitos dos trabalhadores, nomeadamente que ponha fim das reduções temporárias de salário e horário, que afinal a empresa pretende que sejam definitivas, o pagamento do subsídio de frio a todos os trabalhadores que trabalhem em câmeras de congelado e refrigerado”.

O CESP exige ainda fardamento para todos e o “fim da precariedade e dos contratos por empresas de trabalho temporário”.

A mesma fonte do Lidl garante, por seu lado, o “pagamento de todo e qualquer trabalho suplementar ao minuto”. “Com a entrada em vigor este ano fiscal, adicionámos o pagamento de um suplemento para quem desempenha funções de forma continuada em temperaturas negativas nos entrepostos, em função do tempo de permanência produtivo na câmara. Este é de 20% do ordenado base pago”, garante.

O Lidl lembra ainda que, em 2019, por altura do natal, a empresa ofereceu um cartão presente de 150 euros, independentemente de o colaborador trabalhar com a empresa, por exemplo, 20 ou 40 horas por semana.

“Oferecemos um “obrigado monetário” a todos os colaboradores que estiveram no ativo durante o período mais complicado da pandemia, chegando até 40% do ordenado”, acrescenta,

A mesma fonte acrescenta que, desde 2016, a empresa contrata sem termo. “As exceções são situações de picos de procura e férias, mas o princípio é não contribuir para a precariedade”, conclui.

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