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Sonae MC aumenta volume de negócios com lucro a cair 2,4%

Por a 21 de Maio de 2020 as 2:14

Continente_loja_A Sonae MC terminou o primeiro trimestre do ano com um resultado líquido de 9,8 milhões de euros, um recuo homólogo de 2,4%, apesar do aumento do volume de negócios, sendo o recuo do lucro justificado com o “contexto desafiante no final do trimestre”.

Face à situação provocada pela Covid-19, a empresa refere que as perspetivas para 2020 são altamente incertas.

“A Sonae MC teve um bom arranque de ano, com um desempenho de negócio robusto em janeiro e fevereiro, mantendo o dinamismo de 2019. Todavia, o desenvolvimento acelerado do surto de COVID-19 no início do mês de março fez estagnar a atividade económica global e mudou radicalmente o ambiente operacional, impactando drasticamente o comportamento de compra dos consumidores”, realça Luís Moutinho, CEO da Sonae MC, citado em comunicado enviado à CMVM.

O EBITDA subjacente cresceu 13,2% para 96,5 milhões de euros, tendo a margem ficado em 8,1%. Esta foi impactada pelo aumento dos custos operacionais relacionados com as medidas de higiene e segurança para proteger clientes e colaboradores, assim como pelo pagamento de um prémio adicional aos colaboradores.

O volume de negócios subiu 14,0% para 1.194 milhões de euros, tendo as vendas comparadas aumentado 10,6%. Este desempenho foi acompanhado pelo aumento dos custos operacionais, “à medida que os consumidores procederam ao armazenamento de bens essenciais, preparando-se para uma estadia prolongada em casa. Na segunda quinzena do mês as vendas começaram a normalizar”, explica Luís Moutinho.

No que diz respeito aos formatos de loja, os supermercados foram os principais impulsionadores do crescimento, de 18,9% para 591 milhões de euros, enquanto os hipermercados registaram uma subida de 8,7% para 401 milhões de euros. O mês de março foi crucial para o crescimento do volume de negócios, devido ao armazenamento de bens essenciais por parte dos clientes. Este fizeram uma transferência do consumo fora de casa para as lojas de retalho alimentar e para as plataformas online, devido às medidas de confinamento. As categorias alimentares essenciais e de higiene pessoal foram determinantes para o desempenho das vendas.

O segmento de novos negócios cresceu 11,3% para 202 milhões de euros, com as vendas comparáveis a registarem um ligeiro recuo de 0,1%. Ainda assim, este segmento foi impactado negativamente pelo encerramento temporário de negócios como as cafetarias Bagga, os restaurantes Go Natural e as clínicas Dr. Wells em Portugal, assim como das lojas Arenal em Espanha.

Por outro lado, a dívida financeira caiu de 771 para 694 milhões de euros. A Sonae concluiu ainda algumas operações de refinanciamento entre finais de  março e início de abril, que chegaram aos 180 milhões de euros, permitindo à empresa “alargar a maturidade média da sua dívida e aumentar as linhas de crédito disponíveis”.

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