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Codid-19: Empresários criticam imprevisibilidade das medidas de apoio às empresas

Por a 2 de Abril de 2020 as 12:58

Lisboa_ruaLR_Credito_JLLA imprevisibilidade legislativa do Governo no apoio às empresas é uma das principais preocupações dos empresários num momento em que os seus níveis da faturação estão a baixar, em resultado do estado de emergência em que o País se encontra.

Entre 166 empresários, existem 66% a criticar a imprevisibilidade das medidas do governo para fazer face aos efeitos da atual crise que o País atravessa, de acordo com um inquérito realizado pela Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP), entre 28 e 31 de março.

O estudo, divulgado esta quinta-feira, já depois de o Governo ter anunciado as medidas de apoio às empresas, indica que mais de metade das empresas olha para a exigência da diminuição da faturação como um constrangimento no acesso às medidas anunciadas pelo Governo. Outras críticas apontadas referem-se à obrigatoriedade de ter a situação de ter a situação regularizada na Autoridade Tributária e na Segurança Social. A não inclusão de profissionais liberais também é alvo de crítica por parte de uma minoria dos empresários, ligados aos setores do comércio, da indústria e dos serviços.

Um dado relevante é que 61,1% das empresas associadas da CCIP estimam uma quebra de 20% no volume de vendas em 2020. Pouco mais de 10% dos empresários preveem uma quebra no volume de vendas superior a 10%.

A crise atual está já a ter impacto nos negócios, com perto de metade dos empresários a reconhecer estar a passar por dificuldades de tesouraria. Ao nível de vendas no mercado nacional, existem 73,5% de empresas a manifestarem que estão a sofrer já um impacto negativo. As exportações também estão a ser afetadas, com 27,2% dos empresários a referirem que a atual crise está a ter impacto nas exportações para fora da União Europeia (EU). Para dentro da UE, há 29,1% dos empresários a acusarem o impacto nas suas vendas para o exterior.

Por outro lado, apenas 9,3% dos empresários dizem não ter conseguido cumprir as obrigações salariais e fiscais de março.

Entre as medidas anunciadas pelo Governo, 48,8% dos empresários dizem ter recorrido ao diferimento de pagamento à Segurança Social, enquanto 52,5% recorreram ao fracionamento de impostos. Às linhas de crédito anunciadas pelo executivo recorreram 40,1% dos empresários. O lay-off simplificado foi utilizado por 38,3% dos empresários.

 

 

 

 

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