Cerealto Siro Foods fecha primeiro ano fiscal com vendas de 577 milhões. Prevê triplicar valor em dez anos

O grupo Cerealto Siro Foods, que resulta da fusão da Siro e da Cerealto, em finais de 2018, fechou o seu primeiro exercício fiscal, de 2019, com uma faturação de 577 milhões de euros, o que representa um ligeiro decréscimo em comparação com os 600 milhões de euros alcançados no período homólogo transato.

O EBITDA consolidado da companhia fixou-se nos 57 milhões de euros, “cumprindo os objetivos estabelecidos para este primeiro exercício”, explica o grupo em comunicado.

A queda em volume de negócios resulta da alienação dos negócios de alimentação infantil e pastelaria de forno e, concretamente, das fábricas de Benavente (Portugal) e de El Espinar (Segóvia), salienta.

O plano estratégico do grupo, que passa por se concentrar em “clientes estratégicos relevantes a nível internacional”, tem como meta alcançar uma faturação de de 2.000 milhões de euros em 2030, mais que triplicando, assim, a faturação atual.

A par da fusão das duas empresas, o grupo criado anunciou o desinvestimento nas categorias de alimentação infantil, pão e pastelaria, para concentrar recursos nas categorias de bolachas, cereais, massas e snacks. O objetivo é posicionar-se como fornecedor de produtos alimentares derivados de cereal para clientes do setor de retalho (marcas próprias) e B2B. 

Neste sentido, a empresa vendeu cinco das suas fábricas em 2019 e, por outro lado, investiu mais de 11 milhões de euros em novos produtos, tendo lançado 223 inovações. 

Entre as ações de reconversão das operações, em 2019, o grupo destaca a implementação de uma nova linha de barras de cereais na fábrica de Aguilar de Campoo, no norte de Espanha. A Cerealto Siro Foods pretende transformar aquele ativo na unidade “mais vanguardista e de maior capacidade de toda a Europa” da sua área.

Durante 2019, a Cerealto Siro Foods registou uma produção de 374.000 toneladas nos seus centros de produção situados em Espanha, Portugal, Itália, Reino Unido e México.

Este ano, o grupo antecipa um investimento de 25 milhões de euros, aplicados “fundamentalmente em Espanha”. Até 2023, estão previstos investimentos no valor total de 120 milhões de euros.