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Emmanuel Macron atira-se às grandes cadeias de distribuição e deixa elogios ao Lidl

Por a 24 de Fevereiro de 2020 as 11:56

macronO Presidente francês, Emmanuel Macron, considera que a lentidão da concretização dos efeitos pretendidos com a introdução Lei dos Alimentos (Loi Egalim) se deve à má vontade de algumas cadeias de distribuição.

No âmbito da realização do “Salon de l’Agriculture”, Macron concedeu uma entrevista a um meio de comunicação local, defendendo que a lei está “a começar a produzir efeitos”.

Macron acredita na necessidade de criar indicadores para depois ser organizado um diálogo no setor, o que pressupõe “que todos os atores da cadeia sejam responsáveis”.

A legislação em causa pretende remunerar melhor o sector primário de acordo com os custos de produção. Macron lançou, no entanto, duras críticas a algumas grandes cadeias de distribuição.

“A grande dificuldade que encontramos são aqueles que estão a tentar contornar a lei com as suas centrais de compras na Bélgica ou em outros lugares”.

Uma das cadeias visadas é o grupo Leclerc, que foi multado em 2019 pelo governo francês por “práticas comerciais abusivas”, num valor de 117 milhões de euros.

O Presidente francês deu exemplos de boas e más práticas no setor da distribuição. “Saúdo o Lidl, por exemplo, que contrata, dá preço e visibilidade”, elogiou.

Macron recordou também as multas aplicadas no início de fevereiro aos grupos Carrefour, Système U e Intermarché. Foram aplicadas multas de quatro milhões de euros às cadeias de distribuição por não cumprimento das regras.

Esta posição acontece num momento em que Macron é um dos principais defensores da limitação dos cortes na Política Agrícola Comum, que a Comissão Europeia pretende que cheguem até 14%.

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