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Principais retalhistas mundiais estão a investir na automatização dos armazéns para conseguir oferecer entregas grátis e rápidas

Por a 10 de Janeiro de 2019 as 15:30

transporteOs retalhistas com operação online enfrentam um desafio de difícil resolução: os consumidores querem um serviço de entrega de compras online rápido e eficiente mas não o querem pagar. Esta é uma das principais conclusões de um estudo internacional da Capgemini que entrevistou quase três mil consumidores em cinco países da Europa e da América do Norte e 500 gestores de topo das principais empresas de distribuição de produtos alimentares e bens de consumo.

“Três em cada quatro compradores online em todo o mundo estão disponíveis para aumentar o volume das suas compras e experimentar novas ofertas dos lojistas que disponibilizem um serviço de entregas que corresponda às suas expectativas. No entanto, apenas 1% está disponível para assumir a totalidade dos eventuais custos inerentes a este serviço”, lê-se nas conclusões do estudo intitulado “The Last-Mile Delivery Challenge : Giving retail and consumer product customers a superior delivery experience without hurting profitability”.

Uma das formas de dar resposta a este desafio pode passar pela automatização e mecanização dos espaços de armazenamento das lojas. O Capgemini Research Institute aconselha os distribuidores a investir no ‘last-mile’ do serviço de entregas para garantir novas fontes de receita.

Aliás, 97% das empresas entrevistadas afirmou que, atualmente, os modelos de entrega no ‘last-mile’ não são iguais nas implementações em grande escala e em todo o lado e que os atuais portes grátis só se poderão manter caso seja possível diminuir os custos das entregas através da automatização.

“Apesar de as taxas de armazenamento e triagem dos produtos representarem mais de um terço dos custos da cadeia logística, a automatização oferece uma importante oportunidade de rentabilização. As empresas têm consciência disso: 89% das empresas já está a investir na mecanização e na automatização dos espaços de armazenamento das lojas, de forma a acelerar a gestão e a entrega das encomendas”, sublinha o documento.

transporteQue alternativas ao serviço dos distribuidores tradicionais utilizam os consumidores?

Por outro lado, segundo o estudo, 40% dos consumidores considera os serviços de entrega indispensáveis na aquisição de produtos alimentares e mercearia e, um em cada cinco, indica que muda de fornecedor caso este não disponha este serviço. Além disso, 55% dos consumidores afirma que será mais fiel a um retalhista que ofereça um serviço de entregas no prazo máximo de duas horas. Apesar disso, segundo o estudo, apenas 19% das empresas disponibiliza este serviço e os prazos de entrega de 59% das empresas são superiores a três dias.

Os clientes não estão satisfeitos com o modelo atual da distribuição e entrega no ‘last-mile’, reitera o estudo. As principais razões para este descontentamento são, por esta ordem, preços elevados, inexistência de entregas no próprio dia e atrasos nas entregas. Como alternativa ao serviço de entrega dos distribuidores tradicionais, 65% dos consumidores diz recorrer a serviços alternativos, como o Google Express, Instacart e Ocado, para obter melhores condições nas entregas.

“Os consumidores mostram-se ainda interessados em experimentar os serviços de entrega ao estilo ‘crowdsourcing’: contra uma forma de retribuição, sendo a financeira a mais popular, 55% dos consumidores afirma estar pronto para fazer entregas junto dos moradores do seu bairro. Para mais de 64% dos clientes é indiferente quem é a pessoa que efetua a entrega: pode ser um empregado da loja, um particular ou um transportador. Este não é um critério importante. Na verdade, 79% dos consumidores diz estar disposto a fazer o serviço de entregas por um preço inferior ao cobrado pelos distribuidores”, conclui o estudo.

 

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