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El Corte Inglés fatura €15,5 mil milhões no exercício fiscal de 2016

Por a 28 de Agosto de 2017 as 15:13
Dimas Gimeno, presidente do grupo El Corte Inglés

O El Corte Inglés obteve no exercício fiscal de 2016, encerrado a 28 de fevereiro deste ano, um volume de negócio de 15 504,57 milhões de euros, o que representa um aumento de 2% face ao período homólogo anterior.

O grupo espanhol, que opera nos dois países ibéricos, comunicou este domingo os resultados gerados no ano fiscal transato através das suas nove divisões de negócio (grandes armazéns, hipermercados, lojas de proximidade, cadeia de moda, de bricolage, óticas, informática, seguros e viagens). No total, o lucro da empresa, em termos brutos (EBITDA), aumentou 7,5% para os 981 milhões de euros, o que traduz uma subida de 7,5%. Em termos líquidos, o lucro agregado do grupo fixou-se nos 161,86 milhões de euros, um crescimento homólogo de 2,4% face ao ano fiscal anterior.

O principal formato comercial do grupo, o de grandes armazéns, que representa 62,7% da faturação total da empresa, alcançou vendas de 9716,72 milhões de euros, tendo visto um incremento de 2,8% relativamente ao exercício fiscal de 2015. O EBITDA da insígnia aumentou 20,6%, em termos homólogos, superando os 652,2 milhões de euros.

Já a cadeia de hipermercados Hipercor faturou 1322,14 milhões de euros, uma evolução de 5,7% face ao período homólogo. Esta é a segunda divisão com mais peso no negócio global, representando 8,5% da faturação.

Durante o exercício fiscal findo a 28 de fevereiro deste ano, o grupo redimensionou “grande parte” dos seus 43 hipermercados, de forma a “conseguir uma maior poupança de custos”.

Em setembro do ano passado, a empresa mostrou a intenção de transformar os hipermercados Hipercor inseridos nos seus grandes armazéns em supermercados, sendo que os restantes passariam a vender apenas alimentação. Esta reorganização do negócio culminou na fusão da filial Hipercor com a holding do grupo, que passará a gerir os espaços.

“A fusão não afeta a cadeia do Hipercor nem a do El Corte Inglés. Depois deste processo, o Hipercor continuará a manter a sua marca e identidade visual (…). Os frescos continuarão a ser um dos símbolos da identidade e elemento diferenciador da cadeia, tanto na variedade como na qualidade dos mesmos”, garante em comunicado o grupo.

Rrepresentando 4% da receita do grupo, a cadeia de supermercados que engloba as insígnias Supercor e Supercor Exprés alcançou um volume de negócio de 613,36 milhões de euros (+1,9%).

No que diz respeito ao retalho especializado, a insígnia de moda e complementos Sfera alcançou uma faturação de 247,61 milhões de euros (+7,3%), a Bricor (decoração e bricolage) atingiu os 110,59 milhões de euros (+1,7%) e os espaços Óptica 2000 faturaram 81,68 milhões de euros (+0,9%).

Vendas online sobem 40%. Ominicanalidade é o “grande desafio”

Nos 12 meses analisados, o volume de vendas online do El Corte Inglés aumentou 40% face ao ano antecedente. Os pedidos de encomendas subiram 60% e o tráfego da sua página Web escalou em 25%. O grupo destaca a área de alimentação, cujas vendas online cresceram 20%.

O grupo investiu 368 milhões de euros no período fiscal de referência, destinados a projetos, reformas e ao abastecimento de lojas, assim como à área digital. Além disso, no último exercício o grupo firmou um acordo com o Banco Europeu de Investimento (BEI) no valor de 116 milhões de euros, destinados a impulsionar os processo de I+D+i (Investigação, desenvolvimento e inovação) da empresa.

“Entre os projetos levados a cabo destacam-se a nova plataforma digital integrada de comércio online que permitirá potenciar a venda multicanal, através de internet e de dispositivos móveis, e criar sinergias eficientes com o negócio de lojas físicas. Ao mesmo tempo, o projeto destina-se a otimizar a cadeia de abastecimento e distribuição para melhorar a gestão de custos e tornar a empresa mais competitiva. O projeto de transformação tecnológica, que está em implementação, permitirá reforçar a infraestrutura informática para facilitar a adaptação contínua às preferências dos consumidores e uma gestão ágil da cadeia logística”, lê-se no comunicado.

O presidente do El Corte Inglés, Dimas Gimeno, classificou a omnicanalidade como o “grande desafio” do grupo. “Não há outro objetivo mais urgente que enlaçar a loja tradicional com os novos canais eletrónicos”.

Em Portugal, o grupo atingiu uma receita de 452 639 744 euros no ano fiscal transato, valor que traduz uma subida de 5,4% face ao período homólogo anterior.

*Notícia atualizada às 18h44 para acrescentar informação

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