El Corte Inglés anuncia investimento de €20 milhões em Portugal
O exercício de 2016, que corresponde ao 15º ano completo de atividade do El Corte Inglés em Portugal, foi o melhor ano fiscal de sempre para a empresa espanhola no mercado português, em termos de volume de negócios. O grupo atingiu no País uma receita de 452 639 744 euros no ano fiscal transato, encerrado a 28 de fevereiro deste ano. O valor traduz uma subida de 5,4% face ao período homólogo anterior, de acordo com o relatório de contas do grupo apresentado em Assembleia Geral este domingo, dia 27 de agosto.
Face à performance evidenciada, a Direção do grupo anunciou um investimento “superior a 20 milhões de euros” no mercado luso, de forma a “modernizar os serviços e as estruturas nos grandes armazéns de Lisboa e de Vila Nova de Gaia, além de outras remodelações nas lojas de menor formato”, explica a empresa em comunicado.
A retalhista iniciou em 2016 um processo de renovação dos seus departamentos e serviços, introduzindo novos conceitos, marcas e produtos. A reforma dos departamentos de Cultura e Lazer foi já concluída, enquanto os de Moda, Alimentação e Casa e Decoração serão afetados durante o próximo ano fiscal.
Além disso, a loja online também receberá parte do investimento, assim como a área de restauração e gourmet, para a qual serão “anunciadas em breve novidades”.
Apesar do aumento das receitas, no ano fiscal de 2016 o grupo observa um decréscimo do lucro líquido para os 18 milhões de euros, a partir dos 19,2 milhões alcançados no ano anterior. O resultado deve-se “sobretudo à menor rentabilidade dos produtos financeiros e ao aumento das amortizações”.
As despesas de exploração e os custos atingiram os 411 milhões de euros, ultrapassando em 4,9% as do ano anterior. Valor que reflete o “esforço financeiro na abertura de novos canais de venda em ecommerce, bem como o aumento das despesas com os colaboradores, seja na carga salarial seja no esforço de formação”.
O volume de negócios alcançado em Portugal representa 2,9% do total de 15 504,57 milhões de euros alcançado pelo grupo que opera em ambos os mercados ibéricos, com insígnias que vão desde grandes armazéns a super e hipermercados, passando por cadeias de moda e bricolage.