Portugueses accionam cortes estruturais no orçamento familiar
Os consumidores estão conscientes que vão perder a curto prazo qualidade de vida.
71% dos portugueses reconhece que a crise e a austeridade vão mudar o seu estilo de vida e os hábitos de consumo, conclui o dossier “Monitorização do Consumidor na Crise”, incluído no Barómetro do Consumo feito semestralmente pelo C – The Consumer Intelligence Lab (parceria entre a ROI -Return On Ideas, a IPSOS-APEME e a Augusto Mateus & Associados).
E os consumidores já estão a ponderar cortes estruturais: 36% dos inquiridos prepara-se para deixar de andar de automóvel no dia-a-dia, vender casa, alienar o veículo, mudar de casa, mudar os filhos de escola, deixar de fazer férias, entre outras medidas. Mas, entre as referidas, o automóvel concentra mais nomeações como sendo a próxima rubrica de corte.
Outro elemento chave que resulta desta investigação é a forma como a crise está a accionar a “Sociedade-Providência” que existe em Portugal.
As redes próximas (familiares e não só) de entreajuda deverão desempenhar um papel chave nos tempos próximos – 28% dos inquiridos afirmam estar a ajudar financeiramente um familiar ou amigo que está a passar por maiores dificuldades.
O estudo desenvolvido tem como base de pesquisa o acompanhamento de um painel de 500 indivíduos, dos 18 aos 75 anos, consultados entre 15 de Setembro e 1 de Outubro.