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Responsável pelo programa “Fome Zero” no Brasil novo director-geral da FAO

Por a 28 de Junho de 2011 as 8:48

O brasileiro José Graziano da Silva foi recentemente eleito director-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).

O candidato brasileiro obteve 92 votos dos 180 votos, mais quatro que o seu principal adversário, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol Miguel Angel Moratinos. José Graziano da Silva toma posse do cargo a 01 de Janeiro de 2012, sucedendo no cargo ao senegalês Jacques Diouf, à frente da FAO há 17 anos.

Outros quatro candidatos ao cargo – da Áustria, Indonésia, Irão e Iraque – retiraram-se da corrida depois de uma primeira volta em que os dois mais votados foram o candidato brasileiro e o espanhol. Após o anúncio dos resultados, Graziano da Silva dirigiu-se aos representantes dos países membros da agência, para frisar “a necessidade de alcançar consensos e acordos” que permitam à FAO “avançar mais rapidamente na luta contra a fome”.

O novo responsável máximo pela agência admitiu ainda que o elevado preço dos alimentos é um dos principais problemas a serem combatidos durante o seu mandato, crendo que o preço das commodities agrícolas permanecerão em alta nos próximos anos, exigindo, por parte da FAO, uma maior atenção às nações importadoras.

“Este não é um desequilíbrio temporário. Até não alcançarmos uma situação financeira mundial mais estável, os preços das commodities vão reflectir isso”, afirmou Graziano aos jornalistas citado pela Lusa.

Responsável pelo programa “Fome Zero”, enquanto ministro da Segurança Alimentar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), Graziano era até agora subdirector da FAO para a América Latina e Caraíbas. O programa “Fome Zero”, que assentava na participação da sociedade civil no programa e na igualdade entre homens e mulheres, contribuiu para tirar 24 milhões de brasileiros da pobreza extrema em cinco anos e para reduzir em cerca de 25 por cento a subnutrição no Brasil.

O novo director-geral da FAO, maior agência da ONU com um orçamento anual de mais de 700 milhões de euros, com sede em Roma, considerou que a biotecnologia é uma ciência importante, que não deve ser deixada de lado, mas condenou o uso que tem sido feito dela até agora, por parte das multinacionais que possuem o monopólio sobre alguns tipos de sementes.

De referir ainda que segundo os últimos números da agência da ONU, em 2010, havia 925 milhões de pessoas com fome no mundo.

 

 

 

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