FMCG Marcas

Henkel factura mais 11%

Por a 25 de Fevereiro de 2011 as 11:55

A Henkel registou um aumento de 11,2% nas vendas no exercício de 2010 face ao ano anterior de 2009, totalizando 15,092 mil milhões de euros, avançando a companhia alemão que estes resultados foram suportados por todos os sectores comerciais da Henkel.

Quanto aos lucros líquidos da companhia detentora de marcas como Persil, Sonasol, Loctite, Fa ou Pritt, aumentaram em 82%, de 628 para 1,143 mil milhões de euros.

Em comunicado, Kasper Rorsted, presidente do Conselho de Administração da Henkel, afirma que “2010 foi um ano excelente para a Henkel. Pela primeira vez, fechámos o exercício com uma margem de EBIT ajustada acima de 12%”. Rorsted adianta ainda que a companhia conseguiu “expandir as posições nos mercados emergentes”, admitindo estar “no caminho certo para alcançar os objectivos financeiros em 2012”.

Por sectores, as vendas dos Detergentes/Produtos de Limpeza aumentaram em 4,6% para 4,319 mil milhões de euros, considerando a companhia que “os preços e a concorrência promocional em todos os mercados relevantes conduziram a uma descida dos preços de 4,2% em comparação com o exercício anterior”. No entanto, a Henkel diz ter conseguido “compensar muito bem este desenvolvimento através de um aumento substancial em volume”.

No sector da Limpeza, o maior impulso de crescimento foi dado pelos detergentes industriais e amaciadores de roupa. Na Europa Ocidental, a Henkel aumentou a sua participação no mercado relativamente aos detergentes industriais, “apesar das difíceis condições de comercialização e da forte concorrência dominante na região”.

Tendo aumentado as vendas em 8,6% para 3,269 mil milhões de euros, o sector comercial de Cosméticos/Cuidados Pessoais continuou a sua tendência de crescimento dos últimos anos.

Já o sector comercial de Tecnologias de Adesivos viu as vendas aumentarem substancialmente em 17,4% para 7,306 mil milhões de euros, atingindo o crescimento orgânico um novo recorde absoluto de 11,8%. Enquanto nos mercados maduros da Europa Ocidental e América do Norte, a Henkel ter gerado crescimento no intervalo superior de um único dígito após o crescimento negativo do exercício anterior, foi nos mercados emergentes que se registaram os maiores aumentos – dois dígitos -, com as taxas de crescimento mais elevadas a acontecerem na região da Ásia-Pacífico.

De uma perspectiva regional, a Europa Oriental registou uma subida de vendas de 4,3% para 5,470 mil milhões de euros, com o desempenho a ser suportado por todos os sectores comerciais, especialmente o sector de Tecnologias de Adesivos.

Na Europa Oriental as receitas cresceram 13,7% para 2,649 mil milhões de euros, destacando-se os sectores comerciais de Cosmética/Cuidados Pessoais e de Tecnologias de Adesivos que apresentaram aumentos percentuais de dois dígitos.

A região da África/Médio Oriente continuou a desenvolver-se de forma positiva, com um aumento das vendas de 18,7% para 901 milhões de euros para na América do Norte a Henkel registar um aumento de 7% para 2,724 mil milhões de euros, com as vendas dos sectores comerciais de Limpeza e Cuidados do Lar e Cosméticos/Cuidados Pessoais a descer comparativamente ao exercício anterior. Mais a Sul, a região da América Latina continuou a desenvolver-se, registando um crescimento das vendas de 19,1% para 982 milhões de euros.

Por fim, a tendência de crescimento mais acentuada foi registada na região da Ásia-Pacífico, com as vendas a aumentar em 30,8% para 2,168 mil milhões de euros.

De resto, nos mercados emergentes da Europa Oriental, África, Médio Oriente, América Latina e Ásia (excluindo o Japão), as vendas aumentaram em 19,9% para 6,132 mil milhões de euros. O crescimento orgânico ascendeu a 11,8%, mantendo-se no intervalo de dois dígitos.

Para 2011, a Henkel prevê que o produto interno bruto global aumente cerca de 3%, estando “convencida” de que irá superar os respectivos mercados relevantes em termos de vendas orgânicas, esperando um aumento dentro do intervalo de “3 a 5%”.

Quanto à Henkel Ibérica, as vendas, em 2010, aumentaram para 568,7 milhões de euros, um crescimento de 3,7% relativamente ao ano anterior.

“2010 foi um ano complicado e muito competitivo, devido ao contexto de crise económica. No mercado Ibérico, a guerra dos preços e a forte actividade promocional no sector da distribuição provocaram uma perda de valor no mercado de grande consumo que nos afectou a todos. Para nós, a aposta clara em inovação, na gestão da nossa eficiência e a recuperação de alguns negócios industriais, permitiram-nos crescer em relação ao ano passado, apesar deste ambiente complicado” afirma Luis Carlos Lacorte, presidente da Henkel Ibérica, no comunicado de apresentação dos resultados da companhia

Lacorte acrescenta ainda “que sabemos que 2011 será um ano ainda mais complicado, já que o futuro dos custos das matérias primas é incerto e pode marcar em grande medida a evolução dos resultados”, concluindo que “este ano de 2011 é a chave para ajudar o grupo a conseguir os objectivos estabelecidos para 2012”.

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