Distribuição

World Retail Congress: “Não basta trazer o consumidor para dentro da loja”

Por a 25 de Outubro de 2010 as 17:34

*Em Berlim

Na abertura do World Retail Congress (WRC) 2010, a realizar em Berlim de 25 a 27 de Outubro, a mensagem deixada pelo primeiro painel de analistas foi a de que “não basta trazer o consumidor para dentro da loja”, admitindo Heinz Krogner, chairman da Esprit, que “temos de oferecer ao consumidor o que ele precisa, quer e exige”.

No painel que marcou o arranque dos três dias de trabalho do WRC 2010, a opinião foi unânime em considerar que o foco no consumidor é fundamental. Ou seja, “se trazemos o consumidor para dentro da nossa loja, temos de oferecer algo de diferente. Se não o fizermos ele vai rapidamente para a concorrência e o mais difícil é depois reconquistar esse consumidor”, referiu Krogner.

Numa painel em que foi traçado o panorama económico do mundo, Ira Kalish, director of Global Research da Deloitte, focou-se no crescimento que as economias registaram nas últimas décadas, avisando, contudo, de que esta realidade não irá continuar. “Iremos ver algumas economias a crescer acima da média, como China, Índia ou Brasil e os mercados desenvolvidos a evoluir, mas de forma ligeira”.

Concluindo que o grande problema nos EUA está no desemprego, Kalish reconhece que o consumidor norte-americano irá, nos próximos dois anos, gastar efectivamente onde realmente precisa.

Já a China, classificada como o grande “boom” a nível de crescimento económico nos últimos dois anos, o responsável da Deloitte referiu que, apesar da actual conjuntura, que este crescimento teve por base as exportações e que essa realidade não irá perdurar nos próximos anos. “A economia chinesa irá manter o seu crescimento, mas em menor escala”.

Já em relação à União Europeia (UE), Kalish antevê uma recessão para os países limítrofes, com destaque especial para os países do Sul, apontando as dificuldades fiscais e laborais como os principais entraves para o desenvolvimento destes países, reconhecendo, no entanto, que “para UE crescer, é preciso que a Alemanha cresça”, concluindo que os retalhistas europeus irão crescer, fundamentalmente, “pelos investimentos que fazem a fora do continente europeu”.

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