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INE indica uma recuperação da confiança dos consumidores em Setembro

Por a 29 de Setembro de 2010 as 11:38

De acordo com os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o indicador de confiança dos Consumidores recuperou nos últimos dois meses, e de forma mais expressiva em Setembro, contrariando o acentuado movimento descendente iniciado em Novembro. O INE avança que “as expectativas sobre a evolução da situação económica do País apresentaram o contributo positivo mais intenso para o andamento do indicador de confiança, contrariando nos últimos dois meses o forte perfil descendente observado desde o final de 2009”.

As expectativas sobre a evolução da situação financeira do agregado familiar registaram igualmente um movimento ascendente nos últimos meses, embora menos acentuado. Tanto o sentimento relativo ao desemprego como as perspectivas de evolução da poupança recuperaram, tendo a primeira diminuído em Agosto e Setembro, retomando a trajectória descendente iniciada em Fevereiro, enquanto a segunda recuperou nos últimos três meses, interrompendo o forte agravamento observado desde Novembro. No entanto, em valores efectivos, não considerando médias móveis de três meses, este saldo registou uma diminuição ligeira em Setembro.

Já o saldo das apreciações sobre a evolução passada dos preços manteve a subida iniciada em Dezembro, apresentando o valor mais elevado desde Março de 2009. Pelo contrário, as perspectivas de evolução dos preços diminuíram nos últimos dois meses, mas de forma mais expressiva em Setembro, interrompendo a forte trajectória ascendente iniciada em Agosto de 2009.

Também as opiniões sobre a compra de bens duradouros no momento actual aumentaram, após ter estabilizado nos dois meses anteriores, contrariando o movimento descendente observado desde Dezembro. Porém, “as perspectivas sobre a compra destes bens prolongaram a trajectória negativa iniciada em Outubro de 2009, atingindo um novo mínimo histórico para a série”, revelam os dados do INE.

Quanto ao indicador de confiança do Comércio, este acentuou o andamento negativo dos dois meses anteriores, suspendendo a forte recuperação iniciada em Maio de 2009, sendo este movimento nos três últimos meses determinado por ambos os subsectores, Comércio a Retalho e Comércio por Grosso.

Em Setembro, “as apreciações sobre o volume de vendas reforçaram o decréscimo do mês anterior, interrompendo a acentuada trajectória ascendente iniciada em Maio de 2009”, avança o INE, contribuindo ambos os subsectores negativamente para esta evolução.

Quanto às opiniões sobre as existências, estas retomaram o andamento positivo iniciado em Maio, evolução que nos últimos meses tem sido determinada pelo Comércio por Grosso.

“No Comércio a Retalho este saldo manteve os andamentos ligeiramente negativos dos dois meses precedentes, aproximando-se do mínimo da série atingido em Abril”.

As apreciações sobre os preços prolongaram a forte trajectória ascendente iniciada em Junho de 2009, atingindo o valor mais elevado dos últimos dois anos, revelando o INE que o subsector de Comércio por Grosso “contribuiu positivamente para este movimento ascendente em Setembro, enquanto o do Comércio a Retalho contribuiu em sentido contrário”.

Finalmente, as expectativas relativas à evolução dos preços aumentaram nos meses de Agosto e Setembro, após diminuir nos três meses anteriores, tendo o subsector Comércio por Grosso contribuído para o aumento deste saldo no mês em análise. O saldo das perspectivas de actividade manteve o forte perfil negativo iniciado em Junho, contrariando a trajectória ascendente iniciada em Abril de 2009, observando-se comportamentos negativos em ambos os subsectores nos últimos quatro meses.

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