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O “E-tailing” do futuro

Por a 21 de Junho de 2010 as 13:42

A Jones Lang LaSalle (JLLS) divulgou recentemente a terceira parte do estudo Retail 2020, denominada “Online Gold Rush” que explora a origem da próxima geração de inovação do comércio online. O Esta terceira parte do estudo considera o aparente paradoxo de acordo com o qual os novos empreendedores de retalho podem, de facto, ter falta de experiência comercial, tendo, contudo, a possibilidade de passarem de “zero a heróis” em apenas questão de meses.

A JLLS analisa ainda o porquê de alguns retalhistas tradicionais se revelarem reticentes em aderir ao online, o que necessitam de fazer para abraçar as oportunidades oferecidas pela internet e como essa postura pode exigir um novo e quase radical modelo de negócio.

Robert Bonwell, CEO EMEA Retail da Jones Lang LaSalle, refere que “o comércio online está ainda na infância, mas ao longo da próxima década o panorama de retalho disponibilizado pela internet irá mudar de forma dramática, com as barreiras à entrada a reduzirem radicalmente e a comodidade para os consumidores a aumentar. Apesar de muitos retalhistas com lojas físicas estarem já a abraçar o poder das compras online, muito poucos lançaram novos negócios e modelos de negócios completos na internet. Nos próximos os 10 anos, a verdadeira inovação no comércio acontecerá online, e será liderada pelos empreendedores não retalhistas, novos no mercado. Estes empreendedores irão revolucionar a experiência de compras dos consumidores, através de novas técnicas de vendas e entrega de bens, sistemas de pagamento e políticas de troca”.

Para que os retalhistas e tradicionais já estabelecidos possam equiparar-se à concorrência que emergirá destes novos empreendedores de comércio, terão que ser verdadeiramente ajustáveis à alteração do seu formato operacional, mas necessitarão também de recrutar uma nova geração de colaboradores digitais inteligentes.

Manuel Puig, director-geral da Jones Lang LaSalle Portugal explicou quais as implicações para o sector imobiliário: “Os portais de compras online obviamente não têm de se preocupar com os custos operacionais de uma loja de rua ou de uma loja em centro comercial. Contudo, isto não implica que os imóveis se tornem obsoletos para os retalhistas. Enquanto que a oferta digital é crucial para os modelos de negócio e será inevitável o processo de re-avaliação dos portfólios imobiliários existentes e dos requisitos imobiliários, continuará a ser necessária uma presença física dos retalhistas. Esta presença, contudo, terá que evoluir e disponibilizar aos clientes experiências de retalho estimulantes, simultaneamente satisfazendo o desejo de diversidade com instalações de lazer e catering inovadoras. Os novos requisitos imobiliários irão igualmente evoluir, como por exemplo a nível das plataformas de distribuição necessárias para satisfazer encomendas online. Poderemos ainda ver retalhistas online a tomar espaço em localizações de retalho para consolidar o reconhecimento da marca”.

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