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Trabalhadores da Alicoop manifestam-se em Lisboa

Por a 5 de Fevereiro de 2010 as 14:51

*Lusa

Os trabalhadores da Cooperativa de Produtos Alimentares (Alicoop) decidiram hoje manifestar-se Terça-feira, dia 9 de Fevereiro, junto à sede da Caixa Geral de Depósitos (CGD), em Lisboa, para que aquele banco inverta a posição de boicote à viabilização da empresa.

A decisão de realizar uma manifestação às 15:00 do dia 9 foi tomada hoje na sede da Alicoop, em Silves, após uma reunião entre a Comissão de Trabalhadores da cadeia de supermercados, representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) e com a administração do grupo.

A Alicoop, em insolvência desde Agosto, acumula dívidas de cerca de 80 milhões de euros, 20 milhões dos quais a fornecedores, e se o plano de viabilização do grupo não se realizar estão em causa mais de 500 postos de trabalho.

“É um caso inédito, em que trabalhadores de uma empresa vão pedir ajuda a uma instituição financeira para a manutenção dos seus postos de trabalho”, disse à Lusa José Parreiro, porta voz da Comissão de Trabalhadores, ao final da reunião, que terá demorado cerca uma hora.

Na reunião estiveram presentes a Comissão de Trabalhadores, sindicatos, administração, e os representantes dos diversos partidos políticos de Silves.

Segunda-feira, dia 08, é a data limite para a apresentação do plano de recuperação da Alicoop ao tribunal e que até ao momento não mereceu a aprovação dos bancos CGD, BPI e BPN.

“Se até à data limite de apresentação do plano de recuperação ao tribunal [Segunda-feira] não houver mudança de posições, está já agendada uma comissão de credores para o dia seguinte, para equacionar o eventual encerramento e liquidação do grupo”, disse o presidente da Alicoop, José António Silva, em declarações à Lusa.

José António Silva recordou esta manhã que a CGD é chamada a financiar a reconversão das 87 lojas do grupo Alicoop em 1,2 milhões de euros. Metade dessa verba será para amortizar nos seis meses seguintes.

O plano, apresentado em Junho pela consultora Deloitte, prevê a viabilização do grupo através da injecção de 5,5 milhões de euros, financiados pela banca credora.

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