Editorial

Antes de 2009 ainda há o Natal de 2008

Por a 28 de Novembro de 2008 as 9:30

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O mais recente estudo da Deloitte dá conta de que os portugueses não estão nada optimistas quanto a 2009. Mas já vamos a 2009, porque antes ainda temos o Natal de 2008.

Em relação à época festiva que se aproxima, 75% dos portugueses revelaram que irão reduzir nas compras de Natal. Além disso, se em 2007 só dois em cada cinco consumidores estabelecia um orçamento para as suas compras nesta altura, actualmente, 50% dos consumidores admitiram que as compras de Natal respeitarão um orçamento pré-definido. Outras conclusões curiosas neste estudo apontam para que os portugueses estão mais conscientes da necessidade da comparação de preços, admitindo um em cada três consumidores nacionais que a prioridade vai mesmo para o preço, independentemente das condições de fabrico do respectivo produto. No que toca às promoções, estas deverão ser alvo de escrutínio aprofundado por parte do consumidor à procura da melhor oferta, cabendo aos retalhistas convencer quem compra que, de facto, vale a pena.

Curioso não deixa de ser, contudo, o facto de, apesar destes maus tempos, o consumidor português preferir comprar nos supermercados e não nos discounts, e que os hipermercados sejam relegados para última hipótese onde efectuar as compras, enquanto nas lojas da especialidade, os centros comerciais aparecem a liderar o ranking.

Recentemente, fomos brindados com o facto de Portugal ter escapado à recessão que assolou a zona euro neste final de terceiro trimestre. Falta saber o que acontecerá nestes últimos três meses, em que é raro o dia em que a maldita crise não esteja nos títulos dos (tele)jornais.

Para 2009, as perspectivas apontam para um crescimento de 0,6%, mas ninguém acredita sinceramente que isso seja possível. Até porque, todos sabemos que, nós por cá, andamos sempre a reboque do que acontece lá fora.

Por isso, ou a coisa endireita na zona euro e nós aproveitamos, ou se ficamos à espera do que poderá ou não acontecer lá fora, talvez seja depois tarde demais para conseguir esboçar uma reacção.

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