Editorial

(Re)acção precisa-se!

Por a 14 de Novembro de 2008 as 9:30

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No dia em que é publicado este editorial, um dos factores, senão o maior, de incerteza relativamente à crise económico-financeira que vivemos e à resolução da mesma, está resolvido (assim se espera). Ou seja, a eleição do próximo Presidente dos Estados Unidos da América. Todos sabemos a influência que a maior economia do mundo possui neste planeta global, encontrando-se a Europa “refém” de muitas das decisões que são tomadas em terras de “Uncle Sam”.

Muito do futuro da economia mundial vai depender das decisões que irão ser tomadas – ou não – na Avenida Pensilvânia 1600, havendo analistas que prevêem, contudo, que as intenções são muitas, mas os interesses são ainda mais.

Durante longos anos, deu-se o que não havia, ou gastava-se o que não se podia e não se tinha. O consumidor teve durante este tempo todo a vida “facilitada”, já que se não tinha dinheiro para comprar, depressa havia quem emprestava, sem pedir grandes explicações ou garantias, “bonificando” esse empréstimo com altas taxas de juro.

As famílias foram-se endividando e toda a gente via, sabia, fazia, e aos que avisavam que os tempos iriam mudar, dava-se a resposta de que o pior acontece sempre aos outros e que a situação estaria controlada.

A realidade, é que a incerteza existia e existe, não só em relação à economia, mas aos postos de trabalho, ao investimento das empresas, às exportações, ao crescimento, etc., etc., etc..

Os relatórios e contas das mais diversas empresas a actuar no mercado, apresentam resultados positivos no final do terceiro trimestre, mas também é verdade que, se lermos as previsões dos CEO´s no final dos mesmos para o restante exercício, são apontados crescimentos até ao final do ano, mas pessimismo para o ano 2009.

O Natal poderá vir disfarçar um pouco deste mal-estar, já que em época de festa, os problemas são colocados de lado e sempre se pode contar com o subsídio salvador.

O pessimismo, contudo, não ajuda a combater esta situação. É preciso confiança e ver a economia, ou melhor, os players a agir, investir e mostrar que, apesar de os tempos não serem fáceis, são, na realidade, eles que fazem mover o motor da “aldeia global”.

Por isso, e em jeito de realizador de cinema, é preciso quem grite bem alto “(re)acção”.

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