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93% das empresas cotadas concorda com videovigilância

Por a 8 de Outubro de 2008 as 2:00

ADT recebe certificação

Um total de 93% das empresas portuguesas admitidas à cotação no índice PSI-20 da Euronext Lisboa considera que a instalação de videovigilância contribui para reduzir comportamentos ilícitos, de acordo com o “Barómetro da Segurança das Organizações em Portugal”. Pelo menos 39% garante que reservou em 2007 o equivalente a 5% da sua facturação anual para gastos em segurança.

Todas as 15 empresas que responderam ao questionário conjunto da consultora “PremiValor Consulting” e da ADT Fire & Security afirmam que as suas instalações estão equipadas com sistemas de videovigilância, sobretudo nas zonas de acesso de pessoas, viaturas e mercadorias (100%, 87% e 80%, respectivamente).

As principais motivações apontadas são o apoio à vigilância realizada por seguranças (67%), a protecção dos bens afectos à actividade principal (60%), o registo dos actos ilícitos e criminosos cometidos (60%) e a respectiva prevenção (53%). Os efeitos de dissuasão junto de colaboradores (40%) e clientes (20%) ocupam posições mais modestas.

No entanto, só 31% contratou ou reforçou esses sistemas na sequência de crimes contra o património. 80% dos responsáveis pela segurança recusam-se a ver a videovigilância como uma invasão da privacidade. Os detectores e extintores de incêndio são igualmente comuns a todas as organizações.

Os dados recolhidos entre os dias 7 de Abril e 24 de Maio de 2008, junto sobretudo de directores de segurança (em 58% dos casos) e de directores de departamentos de gestão de risco (42%), revelam que só 27% das empresas se encontra dotada de equipamentos de detecção de explosivos, indiciando uma deficiente preparação para o fenómeno terrorista.

O assalto à mão armada foi o crime mais comum em 2007 (58%). Contudo, o crime organizado regista 25% de ocorrências, e não se registaram crimes de natureza financeira (desvio de capitais). Entre Abril de 2008 e o mês homólogo de 2007, 80% das empresas foi vítima de crimes, embora na maioria dos casos (53%) se tenham registado no máximo 10 ocorrências durante esse período.

Se 93% dos responsáveis empresariais pensa que a situação de segurança das organizações melhorou no período analisado, e idêntica percentagem antevê melhorias para os próximos 12 meses, quatro quintos consideram que as empresas não estão preparadas para o risco, e a maioria confirma o diagnóstico negativo quando instada a estabelecer comparações com a Europa (64%) e o resto do Mundo (50%).

Isto, apesar de todas terem planos de gestão de risco em vigor, e efectuarem avaliações periódicas da situação, sobretudo em relação a erros processuais (85%), utilização de activos físicos (100%) e danos organizacionais (67%). O manual de procedimentos está presente em 87% dos casos, embora só 14% dos inquiridos o apontem como solução para melhorar o nível de gestão do risco das firmas. 8% delas não inclui sequer “Risk Managements” nos seus quadros.

A formação do pessoal em prevenção, higiene e segurança e a realização de acções de consciencialização são realidade na maioria das empresas, o que representa uma ruptura com a percepção tradicional do risco como tendo a sua origem no exterior.

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