Outras Opiniões

Se a informação é a alma do negócio, proteja-a com todas as armas que tem!

Por a 25 de Janeiro de 2008 as 15:00

pedro raminho

Apenas recentemente foi atribuído aos colaboradores de escritório um espaço num servidor que fazia cópias de segurança, automática e diariamente. Os documentos essenciais, como gráficos contabilísticos e relatórios trimestrais, eram armazenados em servidores e todos tinham acesso a tais dados a partir dos seus computadores, de uma forma simples.

As máquinas de hoje, com discos de maior capacidade – que actuam como “esponjas” de volumes de dados – conservam informação empresarial, mas também arquivos pessoais como mp3s, vídeos e fotografias. O crescimento contínuo e exponencial da memória disponível nos discos rígidos dos computadores tornou o colaborador muito mais independente do departamento de tecnologias de informação (TI) da companhia e, por conseguinte, mais susceptível à perda de dados.

Quer as grandes quer as pequenas empresas registam uma ampla percentagem de colaboradores equipados com computadores portáteis que se podem conectar de forma remota, mas que estão, frequentemente, desconectados da rede. Por outro lado, o Gartner prevê que, nos próximos anos, haverá mais de 60 milhões de pessoas em todo o mundo a realizar tele-trabalho. Isto traz complexidade à gestão da tecnologia de uma empresa, uma vez que, ao contrário dos computadores pessoais (PCs) fixos ligados em rede, a conectividade dos utilizadores de portáteis não pode ser controlada ou planeada.

É impraticável realizar cópias de segurança para um compact-disk (CD), diariamente ou de hora em hora, e o departamento de TI não pode recuperar alterações de dados se o computador está desconectado da rede. Quem trabalha num portátil cria, edita, adiciona e gere uma quantidade tal de informação durante uma manhã ou uma tarde, que é, na verdade, impossível realizar uma cópia de segurança de todas as transformações operadas ao longo do dia de trabalho. Esta questão requer uma solução que não seja cara e, fundamental para que funcione, fácil de usar.

E tal solução existe. Um novo estilo de protecção de dados e de cópias de segurança está agora disponível às empresas. Refiro-me a software de protecção contínua de dados, que fornecem soluções de backup em tempo real e uma constante salvaguarda de ameaças como vírus informáticos, corrupção de documentos, eliminação involuntária dos mesmos ou até furto do portátil. Trata-se de soluções de software que assimilam e gravam, sem interrupção, as actividades do colaborador para um disco rígido (ou um qualquer outro dispositivo externo com uma caneta USB) e enviam uma cópia das informações para um servidor remoto, um disco rígido externo ou um serviço de armazenamento online, de dupla protecção – tudo em milésimos de segundo! Se as informações contidas no disco rígido forem comprometidas, é sempre possível recuperá-las com apenas alguns “cliques”.

A filosofia subjacente à protecção contínua de dados é algo como: quando um documento é alterado, é feita de imediato uma cópia local para um servidor de arquivo em rede. Se o computador portátil não está conectado ao servidor no momento da alteração de informações, é realizada automática e localmente uma cópia de segurança para o seu disco rígido, até que a próxima conectividade à rede seja estabelecida. Assim, o processo a que, durante anos, os colaboradores deveriam proceder manualmente, tornou-se automatizado.

As empresas e os consumidores individuais começam já a aderir à nova oferta de protecção de dados, bastante acessível ao mercado e compensatória no momento em que computador tem algum problema. Geralmente, estas soluções são simples de configurar e não é necessário perder inúmeras horas na instalação do software.

Desde os executivos de uma companhia, passando pelos vendedores e até para os consumidores, o valor dos dados armazenados em computadores pessoais é cada vez mais elevado. De facto, nos dias que correm e para maioria de nós, os documentos e informações que guardamos diariamente nestas pequenas máquinas representam boa parte da nossa vida pessoal e, sem margem para dúvidas, da vida da própria empresa que em que trabalhamos e somos parte da cadeia de valor. Já imaginou perder um relatório que levou meses a elaborar… ou mesmo apagar acidentalmente aquele inventário ou base de dados que, de forma inacreditável, não consegue recuperar?

Na verdade, é hoje possível afirmar que não investir numa solução contínua de cópias de segurança é o equivalente a não utilizar um software antivírus: um risco demasiado elevado para se correr.

Pedro Raminho, Tivoli Sales, IBM Portugal

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