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INOVAÇÃO AGRO-ALIMENTAR: moda ou necessidade?

Por a 30 de Novembro de 2007 as 9:30

A inovação está na moda. Mas afinal o que é inovação? A inovação é como a pornografia. Não se consegue definir bem, mas quando se vê sabe-se que é! Não existe discurso político ou empresarial que não refira a inovação como a solução para o país e para as empresas.Em termos formais podemos considerar que “inovação” é a implementação de um novo, ou significativamente melhorado, produto (bem ou serviço) ou processo, nas práticas empresariais e das organizações. O requisito mínimo é que seja “novo ou significativamente melhorado”, mas sem esquecer que tem de ser “implementada”. E um produto (ou processo) novo ou melhorado só é “implementado” quando é introduzido no mercado.

Ou seja, precisamos de inputs (científicos, tecnológicos, organizacionais e financeiros) para obter outputs (produtos ou processos). E aqui reside muitas vezes a diferença entre o discurso da inovação e a sua aplicação prática. Os discursos baseiam-se nos inputs: novos contratos de investigadores ou doutorados, investimento em projectos de I&D, ou número de patentes registadas. A aplicação prática da inovação centra-se nos outputs: número de projectos que chega ao mercado, novas empresas criadas, volume de facturação dessas empresas e o número (e o nível salarial) dos empregos criados.

No caso do sector agro-alimentar, em que a transformação e a distribuição estão intimamente ligadas e integradas, os consumidores tornam-se essenciais para promover o “ciclo da inovação” e para promover o aparecimento de novos produtos.

Este é um elemento essencial de competitividade entre as empresas do sector agro-alimentar, sendo o sucesso da gestão do desenvolvimento de novos produtos a chave do desempenho empresarial.

Se a empresa não tem competências internas que permita ter “ciclo de inovação” compatível com as necessidades deve recorrer a apoio externo que garanta o acompanhamento total e integral do projecto. É um modelo de parceria que estabelecemos com muitos dos nossos clientes, apoiando desde o diagnóstico inicial até à criação do negócio / colocação do produto no mercado, garantindo que, após o arranque do negócio, seja assegurada a monitorização e o cumprimento dos objectivos inicialmente estabelecidos.

Através da inovação, a empresa constrói no presente as bases do seu desenvolvimento futuro. As empresas que não inovam correm o risco de perder clientes, reduzir as margens e, no limite, fechar a actividade.

Por isso, a inovação é, mais que uma moda, uma necessidade!

Pedro Miguel Santos,

Director-geral da Consulai ([email protected])

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