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Suspeitos de corrupção do Pingo Doce saem em liberdade

Por a 14 de Junho de 2019 as 14:38

Pingo DoceOs quatro detidos na quarta-feira pela Polícia Judiciária, no âmbito da Operação Rappel, envolvendo dois funcionários da central de compras do Pingo Doce, saíram em liberdade, mas estando proibidos de estabelecer contatos entre eles e com os restantes arguidos, noticia a Lusa.

Os três homens e uma mulher, com idades entre os 40 e os 65 anos, têm como medidas de coação a proibição de contatos com os restantes arguidos, estando um deles sujeito a apresentações bissemanais às autoridades, depois do primeiro interrogatório no Tribunal de Instrução Criminal de Loures.

Além dos detidos na quarta-feira, já foram, entretanto, constituídos dez arguidos no âmbito da investigação levada a cabo pela Polícia Judiciária.

Das quatro pessoas em causa, duas são altos funcionários do Pingo Doce, sendo suspeitas de corrupção passiva, por alegadamente receberem mais de um milhões de euros de uma empresa fornecedora de peixe, à qual era dada preferência em detrimento da concorrência. Dois quadros da empresa fornecedora do Pingo Doce estão constituídos arguidos por alegada corrupção ativa.

A TVI avançou que, além dos quatros detidos na quarta-feira, existem ainda mais seis funcionários da Jerónimo Martins constituídos arguidos. Um deles exerce funções na Polónia, onde a Jerónimo Martins detém a Biedronka.

Além dos quatro detidos, a estação de Queluz de Baixo avançou que existem ainda seis funcionários da Jerónimo Martins constituídos arguidos, ente eles um colaborador a exercer funções na Polónia.

Desencadeada na última quarta-feira a operação Rappel, a PJ realizou 18 buscas, tendo apreendido várias viaturas de gama alta, vários documentos, material informático e cerca de 400 mil euros.

Buscas foram realizadas na plataforma logística do Pingo Doce na Azambuja, depois de uma denúncia da insígnia de retalho “por suspeitas de prática de crimes de corrupção privada e branqueamento de capitais, envolvendo alguns dos seus colaboradores e fornecedores”, refere o Pingo Doce, num comunicado emitido na quarta-feira.

“As alegadas práticas terão sido levadas a cabo em benefício próprio dos autores e em grave prejuízo da empresa que, tal como até aqui, se mantém inteiramente disponível para continuar a colaborar com as autoridades no apuramento dos factos”, acrescenta o documento. O Pingo Doce suspendeu de funções os cinco colaboradores alegadamente implicados.

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