Trabalhadores da SCC reivindicam aumentos salariais e progressão na carreira

A greve iniciada esta segunda-feira e que se prolonga durante a semana dos trabalhadores da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas (SCC) está a ter uma adesão de cem por centro, adiantou fonte sindical à Lusa. Os trabalhadores reivindicam aumentos salariais “dignos e justos” e a progressão na carreira. A greve decorará durante a semana das 00h00 às 02h00, das 05h00 às 07h07 e das 08h30 às 10h30, informou à agência de notícias Rui Matias, do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB).

À Lusa, Nuno Pinto de Magalhães, diretor de comunicação e relações institucionais da SCC, disse que a empresa está aberta ao diálogo, mas que face à greve as negociações do Acordo de Empresa (AE) estão pendentes. A greve “tem um potencial máximo de aplicabilidade a cerca de 300 colaboradores da unidade abrangidos pelo AE, que representam cerca de 50%” do total, adiantou Nuno Pinto Magalhães, citado pela Lusa.  Nos últimos três anos o acordo alcançado em termos salariais “foi sempre acima do valor da inflação verificada”, tendo ascendido em 2016 a 2% de aumento, num mínimo de 20 euros, a uma atualização de 30 euros em 2017 e a uma subida de 2%, num mínimo de 20 euros, no ano passado, acrescido de um prémio individual de 1.000 euros para todos os colaboradores abrangidos pelo AE”, recorda a administração da empresa, citada pela Lusa.

A SINTAB refere que, se “se até às 10h30 de terça-feira não houver nenhuma tentativa de negociação por parte da empresa, os trabalhadores vão também deixar de fazer trabalho suplementar durante todo o ano, até que a empresa os chame novamente para fazer uma negociação séria”.