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Gastos em supers e hipermercados aumentam 65% na segunda semana de março

Por a 30 de Março de 2020 as 11:59

retalhoAs compras de bens de grande consumo em hipers e supermercados aumentaram 65% em valor na semana de 9 a 15 de março, face ao mesmo período em 2019.

Os dados são da segunda edição do Barómetro semanal da Nielsen, dedicado à monitorização do impacto do surto do Covid-19 nas compras dos portugueses.

Na primeira semana avaliada (de 24 de fevereiro a 1 de março), os portugueses gastaram mais de 250 milhões de euros, numa variação homóloga de 14%.

De 9 a 15 de março, regista-se uma intensificação das categorias mais compradas pelos portugueses na anterior fase de “corrida aos supermercados”. Foi nesta semana que a Organização Mundial de Saúde declarou a Covid-19 como pandemia, ao mesmo tempo que o seu epicentro se deslocou para a Europa, assim como foi anunciado o encerramento de todas as escolas.

Na alimentação, o aumento geral dos gastos fixa-se em 91%. Destacam-se as categorias de conservas, com crescimento de 288% na semana em análise, em termos homólogos, depois de registaram um aumento de 42% na última semana de fevereiro.

Seguem-se os produtos básicos (+237%, depois de um aumento de 36% na primeira edição do barómetro), os produtos instantâneos (+123%), alimentação infantil (+116%) d os congelados (+115%).

Produtos como óleos, azeites e temperos verificam um aumento de 105%, os cereais 84% e as compras de sobremesas/doces subiram 77% em valor, entre 9 e 15 de março.

As categorias de laticínios e ovos registam um aumento de 76% e, por último, as bebidas quentes subiram 65%.

Os gastos com produtos de higiene pessoal e do lar aumentaram 95% na segunda semana em análise, face a igual período em 2019, com destaque para as categorias de papel higiénico (+229%); lenços, rolos e guardanapos (+163%) e produtos para roupa e loiça (+114%).

Os produtos de limpeza do lar apresentam uma variação homóloga de 113%, os de higiene corporal cresceram 107% e os de cuidados de saúde registam uma valorização de 101%.

“Depois desta verdadeira corrida às lojas para prepararem a sua despensa, os portugueses passam para uma nova fase: a preparação para a vida em quarentena. Nessa nova etapa, a procura pelo online começa a ser cada vez mais evidente e poder-se-ão notar algumas diferenças nas tipologias de loja escolhidas. Será também interessante verificar o impacto que o anúncio do fecho de estabelecimentos comerciais poderá ter no retalho alimentar e nas decisões de compra dos consumidores portugueses”, comenta Marta Teotónio Pereira, client consultant senior da Nielsen, citada em comunicado.

Em termos de tipologias de lojas, são as compras em supermercados grandes que mais sobem – 75% -;  seguem-se os hipermercados, que cresceram 60% na semana em análise, e por fim os supermercados pequenos (57%).

Por distritos, os aumentos variam entre os 59% (em Faro) e 74% (Bragança).

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