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Sonae termina 2023 com lucro de 357 milhões

Por a 13 de Março de 2024 as 9:05

O resultado líquido atribuível aos acionistas atingiu 357M€, com os impactos do apoio às famílias, do aumento dos custos financeiros e dos impostos, e do investimento na expansão e digitalização dos negócios a serem mais do que compensados por ganhos de eficiência, mais-valias com alienação de ativos e a melhoria do resultado indireto.

A Sonae explica em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que o volume de negócios consolidado ascendeu a 8,4 mil milhões de euros em 2023, aumentando 9,2% principalmente devido ao crescimento da MC, que num exigente contexto competitivo reforçou a sua posição de liderança de mercado, e ao forte investimento na expansão dos negócios.

A Sonae revela ainda que o EBITDA aumentou 7,2% para 990 milhões de euros, com a margem a subir 0,2 pontos percentuais, “apesar da redução dos resultados pelo método de equivalência patrimonial, resultante da atividade de gestão do portefólio, a qual foi mais do que compensada pela melhoria do EBITDA subjacente”.

Segundo os dados avançados, o apoio à comunidade continuou a aumentar e atingiu 33M€, com destaque para os donativos alimentares e para a promoção da educação na comunidade.

Cláudia Azevedo, CEO da Sonae, sublinha em comunicado que“2023 foi um ano marcante para a Sonae, um ano em que continuámos a crescer e a gerar valor para todos os nossos stakeholders num contexto de grande incerteza e volatilidade”.

Para a responsável, foram “a nossa determinação, engenho e rapidez de execução”  que permitiram “atingir excelentes desempenhos nos principais mercados em que atuamos, conquistando a confiança e a preferência de um número crescente de clientes. Ao nível do grupo, mantivemo-nos focados em encontrar oportunidades de crescimento, otimizando e fortalecendo o nosso portefólio de forma a estarmos mais preparados para enfrentar o futuro”.

Cláudia Azevedo lembra que foi m 2023, que a Sonae deu “passos importantes para atingir a nossa ambição, reorganizando e expandindo o nosso portefólio. Na MC, chegámos a acordo para combinar a Druni e a Arenal, que, em conjunto com a Wells, darão origem ao maior retalhista em saúde, bem-estar e beleza da Península Ibérica. Lançámos a Sparkfood, tendo investido 110M€ em empresas internacionais dedicadas ao desenvolvimento de soluções alimentares sustentáveis e saudáveis, e, já em fevereiro de 2024 anunciámos a aquisição da BCF Life Sciences em França. No Universo, estabelecemos uma parceria com o Bankinter Consumer Finance para a criação de um operador líder no crédito ao consumo em Portugal. Adicionalmente, antes do final de 2023, anunciámos uma oferta pública de aquisição sobre a Musti, líder no retalho de produtos para animais de estimação nos países nórdicos, tendo, entretanto, garantido o controlo da empresa com a aquisição de 80,6% do seu capital social”.

“Realizámos ainda desinvestimentos significativos em 2023, em particular a saída do setor do retalho de desporto com a venda da nossa participação na ISRG (o qual resultou num encaixe financeiro de 300M€ e numa mais-valia de 168M€). Este movimento gerou 331M€ de cash flow proveniente da venda de ativos, permitindo-nos ganhar flexibilidade e capacidade para investir em novas avenidas de crescimento” refere também..

“A MC continuou a reforçar a sua posição de liderança no mercado português de retalho alimentar e consolidou o segmento de saúde, bem-estar e beleza na Península Ibérica. A Worten também reforçou a sua posição de liderança de mercado, prosseguindo a expansão da proposta de valor do seu marketplace digital e crescendo a área de serviços. A Sierra continuou focada na execução da sua estratégia, registando resultados robustos quer nos seus centros comerciais, quer na sua área de serviços. A NOS apresentou um forte crescimento, impulsionado pelo aumento do número de clientes e de receitas no segmento de telecomunicações, tendo-se assumido como o segundo operador móvel no mercado” destaca.

A CEO da Sonae enaltece também o “nosso percurso de sustentabilidade, com uma estratégia renovada que reforça o nosso compromisso para continuarmos a progredir nas áreas onde queremos causar maior impacto nas nossas pessoas, nas nossas comunidades e no planeta”.

“Continuamos bem posicionados para atingir os nossos compromissos ambiciosos de “Desflorestação Zero” até 2030 e de neutralidade carbónica das nossas operações até 2040. Na frente social, após termos atingido 40% de cargos de liderança ocupados por mulheres em 2023, estamos muito orgulhosos por termos estabelecido um novo e ambicioso compromisso de alcançar a paridade de género em 2026. O apoio às nossas comunidades aumentou novamente, atingindo 33M€, e continuámos a investir em projetos de educação inovadores e inclusivos que abrangeram mais de 360 mil beneficiários. Adicionalmente, com os rápidos e disruptivos avanços tecnológicos e a necessidade de navegar rapidamente o desconhecido, continuámos dedicados não só a definir planos de requalificação e upskilling para as nossas equipas, mas também a construir oportunidades para as nossas comunidades, assumindo um papel de liderança no projeto inovador PRO_MOV” diz, sublinhando que 2023 “foi um ano dinâmico e desafiante. Vivemos os efeitos do aumento da inflação e dos custos nos nossos negócios e voltámos a operar num contexto de incerteza, tanto a nível nacional como internacional. Estou extremamente orgulhosa da capacidade e da energia demonstradas pelas nossas equipas na entrega de resultados, e do seu compromisso que continua a ser essencial para o nosso crescimento, evolução e aspirações futuras”.

Em relação ao futuro, e “considerando a complexidade do contexto atual” Cláudia Azevedo sublinha que “teremos de nos manter focados em preparar as nossas empresas para o futuro, através de iniciativas estratégicas e parcerias fortes. Devemos continuar determinados, ousados e ágeis para nos adaptarmos rapidamente aos novos riscos, aproveitarmos as tendências emergentes e agarrarmos as oportunidades que surjam. As posições de liderança dos nossos negócios, a nossa solidez financeira e a nossa cultura única constituem os alicerces fundamentais para criarmos valor económico, social e natural”. “Continuaremos a transformar a ambição em ação, enquanto procuramos ter um impacto significativo hoje e amanhã, para todos.” conclui.,

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