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As 7 tendências de futuro do e-commerce no retalho alimentar

Por a 11 de Março de 2024 as 0:47

Samir Valimamade, Account Manager na Bliss Applications

Por Samir Valimamade,  account manager na Bliss Applications

Quando observamos o fenómeno de e-commerce no setor do retalho alimentar identificamos o seu potencial de crescimento. Em termos globais, as projeções da Insider Intelligence confirmam essa tendência: até 2026 é expectável que 24% das compras no retalho sejam feitas online, atingindo um valor de 8.148 trilhões de dólares.

Mas como o setor do retalho alimentar irá adaptar-se a esta evolução? Partilho as 7 tendências do futuro:

IoT (Internet of Things)

Creio que esta é a base do futuro do e-commerce do retalho alimentar e que influencia todas as restantes tendências. O IoT é composto por um conjunto de sensores, conectados à internet, que permitem comunicar com outros dispositivos, facilitando a gestão da nossa dispensa ou frigorífico. Isto garante que nada falta em nossa casa, antecipando o abastecimento (restock). Acredito que isto ajudará a criar uma relação emocional (ainda mais forte) entre a marca e os seus clientes.

Personalização

É uma consequência direta da primeira tendência. Para atingirem o sucesso é fundamental que as marcas conheçam as preferências dos seus clientes. Entender os seus gostos (com base em pesquisas ou histórico de compras) permite às marcas comunicarem de forma mais eficaz. Os programas de loyalty certamente ajudam a reforçar este conhecimento, mas a introdução de inteligência artificial terá um papel preponderante no futuro neste setor, pois conseguirá encontrar padrões de consumo mais facilmente, garantindo às marcas ofertas personalizadas para cada cliente (clusters). Para as marcas, estas informações são “diamantes por lapidar”. E daí advém grande parte do sucesso futuro.

Expedição e entregas rápidas das encomendas

Criar mecanismos de entrega em casa ou escritório também é uma tendência crescente neste setor. Os clientes têm cada vez menos tempo para despender em compras nos espaços físicos, pelo que este tipo de serviços ajuda a complementar o sentimento em relação à marca. Traz conforto e comodidade. No entanto, é importante que as mesmas sejam rápidas, coordenadas e idealmente entregues no próprio dia da encomenda (imediatismo). Se as marcas não forem ágeis neste sentido, podem estar a perder a conversão do seu cliente. A curto-prazo esta tendência vai ser cada vez mais evidente.

M-Commerce

Os consumidores estão cada vez mais dependentes do telemóvel para a sua vida, e obviamente, esta é uma ferramenta em que as marcas têm de apostar. Atualmente, 91% das encomendas no retalho são finalizadas através do telemóvel. O conceito de mobile-first deve estar presente na estratégia de e-commerce das marcas. Aceder a informação integrada, atualizada e com vários modelos de pagamento é a fórmula para garantir o sucesso deste canal digital. Também é necessário garantir que o processo de compra seja transparente e fácil de finalizar, transmitindo segurança a quem compra através deste canal digital. A consideração de uma boa user experience é fundamental para conquistar a confiança dos utilizadores.

Social Commerce

Aproveitando as redes sociais (omnichannel) como canal de potencialização de vendas, o social commerce é uma tendência, sobretudo para a geração Z (futuros clientes). Nas camadas mais jovens, a maioria das compras são realizadas com base em pesquisas prévias de informação ou partilha de experiências (reviews). A consideração de influencers digitais na estratégia da marca, ajuda a potencializar a vendas.

Modelos de subscrição

E aqui existe um mundo para explorar… As marcas ainda estão à procura de entender como podem implementar este modelo nos seus negócios, mas estes modelos permitem às marcas oferecer maior valor agregado aos seus clientes, disponibilizando certo tipo de serviços ou até criarem novos. O objetivo é claro: criar um ecossistema próprio entre os clientes e a marca. Basta as marcas serem criativas!

Phygital

Apesar de já ser uma tendência, a experiência de compra híbrida é reforçada neste setor. A ideia passa por garantir a integração entre os canais físicos (phy) e digitais (gital), permitindo que os clientes tenham uma experiência de compra fluída, independentemente do canal. Adicionalmente, este método traz maior conforto e praticidade aos clientes, pois permite que verificarem o produto em loja, antes mesmo da decisão final de compra. Também traz maior confiança em relação à marca, pois o cliente sabe que tem sempre um espaço físico caso surja algum constrangimento (ex.: alterações ou devoluções).

Artigo de opinião publicado na edição 420 do Hipersuper

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