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Mercado de tecnologias e bens de consumo deverá subir em 2024

Por a 10 de Janeiro de 2024 as 14:32

O mercado global de tecnologias e bens de consumo terá terminado 2023 com uma diminuição de 3% em comparação com 2022, mas em 2024 deverá retomar valores positivos. Esta é a principal conclusão da análise da GfK, empresa multinacional de estudos de mercado, aos resultados do mercado global de tecnologias e bens de consumo.

A inflação contínua e as tensões geopolíticas que se observaram em diversos pontos do globo em 2023, traduziram-se na relutância do consumidor em gastar, deixando os resultados aquém das expectativas de recuperação, refere o estudo global GfK Consumer Life. Nesse sentido, espera que a receita anual sofra um declínio de 3% relativamente a 2022, mas permaneça acima do nível pré-pandémico de 2019.

“Esta percentagem foi impulsionada principalmente pelos setores das tecnologias de informação e dos pequenos eletrodomésticos, que tiveram um desempenho acima das receitas de 2019, com mais 16% e 21%, respetivamente”, informa.

A importância do fator ‘preço’

De acordo com o estudo da GfK, o preço foi um fator cada vez mais importante para a decisão de compra dos consumidores em 2023. Retalhistas e fabricantes responderam a este desafio com períodos promocionais mais longos e maior diversidade na oferta dos descontos, o que permitiu aos consumidores comprar produtos com especificações mais elevadas que não poderiam pagar a preços normais.

Já os consumidores com rendimentos mais elevados, e mais resistentes à crise, permitiram que os produtos de gama alta continuassem a ter um desempenho superior à média do mercado, durante o último ano, revela ainda o estudo, referindo que a procura foi particularmente forte para aparelhos que simplifiquem o dia a dia, como os aspiradores a seco e a húmido.

2024: perspetivas positivas

Para 2024, a análise do GfK Consumer Life defende que o mercado global de bens tecnológicos de consumo deverá voltar a ser positivo, “ainda que em pequena escala, impulsionado por algumas tendências”. Uma delas é o chamado ciclo de substituição, que deverá regressar, quase quatro anos após a pandemia, especialmente para categorias de produtos que registam uma evolução mais rápida, como é o caso dos smartphones e portáteis.

Outra tendência é a que acompanha os grandes eventos desportivo, com as vendas de televisões a crescerem e em 2024 vão ter lugar os Jogos Olímpicos e o Campeonato Europeu de Futebol.

Divergência global é outra tendência que deverá afetar o mercado global de bens tecnológicos de consumo. Se 2023 ficou marcado por disparidades entre mercados – o Médio Oriente e África apresentaram mais 7% de receitas nos primeiros dez meses do ano, em comparação com 2022,enquanto a China enfrentou a deflação no mercado, a crise imobiliária e falta de confiança dos consumidores – prevê-se “que em 2024 esta divergência global aumente, uma vez que o PIB nacional continua a crescer em regiões como a Índia, enquanto que, na China e nos EUA, abranda, em relação em 2023”.

Por último, a descida da inflação, prevista para 2024, deverá aumentar a confiança dos consumidores a nível mundial. “No entanto, as elevadas taxas de juro poderão ser uma barreira ao investimento para consumidores e empresas”, alerta o estudo.

O GfK Consumer Life conclui que em 2024 o preço continuará a ser um critério importante para os consumidores no momento da compra e recomenda que retalhistas e fabricantes “assegurem que o valor da sua marca se mantém o mais estável possível aos olhos dos consumidores e com foco na relação qualidade-preço”.

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