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Investimento em imobiliário comercial cai 42% em Portugal no ano passado

Por a 4 de Janeiro de 2024 as 14:55
Eric van Leuven, diretor-geral da Cushman & Wakefield
Eric van Leuven, diretor-geral da Cushman & Wakefield

A atividade de investimento imobiliário comercial cifrou-se em 1.730 milhões de euros no ano passado, o que representa uma quebra homóloga de 42% face ao ano anterior, ainda assim em linha com outros mercados europeus.

O resumo da atividade do mercado imobiliário nacional feito pela consultora imobiliária Cushman & Wakefield indica ainda que, dada a menor disponibilidade do capital estrangeiro, os investidores domésticos aumentaram a sua quota de mercado para 31% do volume total investido.

“Em Portugal registou-se um abrandamento da atividade de investimento imobiliário comercial e, no mercado ocupacional, o setor de escritórios na Grande Lisboa atingiu inclusive o segundo valor mais baixo de absorção da última década. Não obstante, outros setores demonstraram maior resiliência, mantendo a tendência de retoma moderada, como retalho e industrial & logística. O setor de hotelaria teve a melhor performance, atingindo inclusive valores homólogos acima dos registados em 2019 (pré-pandemia)”, resume Eric van Leuven, diretor-geral da Cushman & Wakefield em Portugal, citado em nota de imprensa.

A alocação de capital por setor demonstrou o maior interesse dos investidores nos setores de hotelaria e retalho, que agregaram respetivamente 42% e 35% do volume total investido. Na hotelaria, o total de 730 milhões de euros foi influenciado pela compra pela Arrow do portefólio Dom Pedro à Saviotti por 250 milhões de euros.

No retalho, entre um total de 600 milhões investidos de euros, as duas maiores transações corresponderam à aquisição pela LCN Capital Partners à TREI do projeto Amália (portefólio de 50 supermercados Pingo Doce e Continente) por entre 140 a 150 milhões de euros e à compra pelo First Retail Partners, novo fundo da Partners Group a ser gerido pela Mitiska REIM, de um portefólio de cinco retail parks por um montante de cerca de 100 milhões de euros.

Quanto ao mercado de logística, representou 4% do valor investido, com predomínio da aquisição pela Corum Asset Management ao Grupo Vila Nova do edifício Logifam em Vila Nova de Famalicão, por um valor entre 26 e 28 milhões de euros.

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