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Francisco Mello e Castro (Unidos Contra o Desperdício): “Mais de 50% do desperdício alimentar continua a acontecer nas nossas casas”

Por a 28 de Setembro de 2023 as 23:59

“O desperdício alimentar é uma realidade com valores tão elevados que surpreendem e chocam qualquer pessoa. Mas o que mais impressiona é saber que, segundos os últimos estudos do INE [Instituto Nacional de Estatística], mais de 50% deste problema continua a acontecer nas nossas casas”.

A frase de Francisco Mello e Castro, coordenador do Movimento Unidos Contra o Desperdício, que reúne 300 entidades em Portugal, alerta para o impacto social, económico e ambiental do desperdício e surge por ocasião do Dia Internacional da Consciencialização Sobre Perdas e Desperdício Alimentar, decretado pela Organização das Nações Unidas a 29 de setembro de 2020, e que se assinala esta sexta-feira (29 de setembro).

Na Europa, 88.000.000 alimentos são desperdiçados. Em Portugal 1.800.000 de toneladas de alimentos são desperdiçadas todos os anos, em média 180 quilos por cada português. O que resulta num impacto económico negativo que se estima em 3,3 mil milhões de euros anuais.

Por outro lado, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), 8% dos gases de efeito estufa que aquecem o planeta são causados pelo desperdício de alimentos e 87.000.000 pessoas famintas seriam alimentadas se apenas um quarto dos alimentos desperdiçados pudesse ser aproveitado.

Para ajudar a combater estes números, o movimento Unidos Contra o Desperdício lançou a campanha de sensibilização assente no mote “Dê uma tampa ao desperdício”. “Com uma pequena ‘ode’ ao vintage e ao revivalismo, pretende interpelar o grande público e incentivar o cidadão comum a reaproveitar as sobras, numa autêntica viagem ao século passado para demonstrar a urgência de darmos vários passos atrás naquele que é hoje um caminho desafiante a que a sociedade de consumo nos trouxe, com impactos muito negativos no ambiente e nos recursos, uma ameaça à sustentabilidade das gerações futuras e do planeta”.

 

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