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Portugal entre os três países europeus com aumento do consumo privado no retalho

Por a 14 de Julho de 2023 as 14:23

comprasPortugal, Polónia e Eslováquia. Estes três países registaram um ligeiro aumento homólogo no consumo privado no retalho,  no ano passado, em contraciclo com os restantes países europeus, segundo dados da empresa de estudos de mercado GfK.

Segundo o estudo,  o consumo privado foi particularmente afetado pela inflação nos países da União Europeia (UE). Na Hungria, Croácia e Bulgária quase metade do orçamento dos consumidores foi para o retalho, enquanto em Itália e na Alemanha um terço do orçamento foi usado nos espaços de retalho.

“À medida que a inflação vai lentamente estabilizando, a disponibilidade da população para comprar segue progressivamente numa direção positiva”, lê-se entre as conclusões do estudo.

O estudo realça que o aumento generalizado dos preços da energia, em consequência do conflito militar na Ucrânia, tornou os bens e serviços no motor da inflação na Europa no início de 2023 e que as condições climatéricas também tiveram um efeito impulsionador dos preços. “Portugal é o perfeito exemplo disso, a seca catastrófica sentida no verão de 2022 levou a um enorme aumento dos preços dos géneros alimentícios no país”.

“Esta evolução dos preços da energia e o dos custos de importação de produtos alimentares em todos os países levou a uma diminuição do poder de compra, cuja consequência lógica e imediata foi a progressiva queda da taxa de poupança dos consumidores europeus”, afirma a GfK.

Neste contexto, o setor retalhista nos 27 países da UE aumentou em 6,5% o volume de negócios em 2022, “apesar de a relutância em gastar continuar a ser elevada”. Os maiores ganhos foram registados pelos países da Europa de Leste, com taxas de crescimento superiores a 9%, sendo a Eslováquia a ocupar o primeiro lugar com 23%.

Apesar do crescimento do volume de negócios, “pela primeira vez, em muitos anos, a percentagem do retalho nas despesas de consumo privado registou uma descida de 4,6 %, em comparação com o ano anterior. O consumo retalhista em 2022 foi suprimido pelas taxas de inflação altas e pelos elevados preços da energia”, conclui o estudo.

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