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Furtos de setor: como a bricolage é em si um desafio à proteção

Por a 21 de Junho de 2023 as 11:04

david-perez-checkpointDavid Pérez del Pino, business unit managing director Checkpoint Systems Portugal & EMEA Channel

Os diferentes setores do retalho apresentam aos provedores de soluções de perdas distintos desafios, baseados em clientes com necessidades específicas, lojas com desenhos próprios ou até produtos únicos com dimensões e características particulares. Mas, o setor da bricolagem é, em si mesmo, um desafio bastante grande para retalhistas e soluções de segurança.

Quando pensamos a prevenção e segurança no retalho, é normal considerar o furto como um dos principais problemas – os ladrões e grupos organizados desenvolvem cada vez mais engenhosas formas de contornar as soluções implementadas, desde a utilização de sacos forrados a alumínio que inibem os alarmes até à remoção de etiquetas duras, spider-nets ou caixas de proteção. No momento em que nos remetemos para o setor da bricolagem este problema aumenta, pois são os artigos alvo de furto aqueles que podem, efetivamente, ser utilizados para desativar ou remover os alarmes.

Nesta circunstância, importa referir que, seja em bricolagem, tecnologia, apparel ou até papelaria e alimentação, a experiência de compra do cliente é um dos pilares da operação retalhista. Assim, a possibilidade de experimentar uma peça de roupa para verificar o tamanho é tão importante como seja pegar num telemóvel ou numa aparafusadora: o cliente pode e deve ter a melhor experiência possível quando se desloca à loja, pois só assim será possível converter o momento numa venda. Ora, no setor da bricolagem, as ferramentas que estão em exposição, para os clientes experimentarem, são também algumas que os ladrões utilizam para desativar os sistemas de segurança, como seja remover etiquetas duras. Para além desta situação, a dimensão e formato das ferramentas apresentam-se como um obstáculo aos tradicionais sistemas de segurança, o que leva a que, por vezes, os artigos nem sequer estejam em exposição.

Assim, a pensar nestas particularidades, os provedores de soluções de prevenção de perdas procuram atualmente, com apoio na inovação, desenvolvimento e tecnologia, apresentar mais e diversificados sistemas que procuram combater os principais problemas dos retalhistas deste setor. Para os esgotamentos em exposição, os provedores oferecem a opção de artigos abertos com proteção para manuseamento livre do cliente, nos quais se integram sistemas de alarme mais fortes, com efeitos dissuasórios e à prova de manipulação, para evitar que os artigos ou não estejam expostos, ou que em exposição não tenham baterias para experimentar, que os pequenos produtos não tenham proteção, que os elementos mais caros sejam mais fáceis de furtar ou que as caixas sejam abertas/danificadas e sejam furtadas partes dos componentes.

Ainda que possa parecer estranho a necessidade de proteger um alicate, não nos podemos esquecer que o mesmo pode ser utilizado, dentro da própria loja, para cortar sistemas de antifurto como spider-nets, muitas vezes utilizadas em caixas com, por exemplo, berbequins ou componentes elétricos.

O desafio que o setor da bricolagem apresenta aos retalhistas é não só o do simples furto, mas também o de dentro da própria loja as ferramentas serem utilizadas para perpetuar problemas de segurança acrescidos e perdas avultadas. Desta forma, as soluções que se têm vindo a desenvolver, são mais do que simples sistemas de proteção ativa, são também de prevenção de potencial furto, adequando-se a dimensões mais invulgares e produtos com uma ergonomia única.

 

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