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Colher o sucesso: porque o Digital tem de estar em todos os campos?

Por a 11 de Maio de 2023 as 16:21
Por Rodrigo Oliveira, CEO da Zyrgon Network Group

Por Rodrigo Oliveira, CEO da Zyrgon Network Group

Intenção sem ação é o mesmo que esperar grandes colheitas sem regar de forma consistente: nunca acontecerá.

No setor agrícola, um dos que tem maior expressividade em Portugal, é crucial que as empresas atuem no sentido de gerar maior awareness e confiança, quer junto do consumidor final, quer junto dos distribuidores. Todos os anos, as empresas perdem milhões de euros ao não apostar numa estratégia, o que difere, em muito, do que é feito noutros países, onde as marcas já entram num mercado com uma estratégia bem alinhada.

O perfil do “homem do campo” focado maioritariamente na terra tem mudado progressivamente, com a compreensão do poder inesgotável da tecnologia e de como esta o pode ajudar a colher um futuro mais promissor. No entanto, para que esta transformação diferenciadora – não opcional mas absolutamente necessária nos dias de hoje – seja conseguida, é crucial desenhar uma estratégia de marketing e comunicação digital.

Tudo começa com uma análise minuciosa da concorrência: permite-nos ver o que está a ser feito, o que funciona e, a partir daí, capitalizar em campos onde a concorrência não tira partido. Assim se inicia o caminho para conquistar novos mercados.

Depois, é fundamental definir os passos seguintes. Analisa-se toda a presença da marca no digital: o tom de voz usado, a identidade visual, a pegada digital (website, redes sociais, blog, etc.), assim como todo o contexto sociocultural e económico em que se insere.

Segue-se, então, a definição de objetivos, que passa geralmente por agregar valor e reconhecimento à marca, transmitindo a sua personalidade, os benefícios dos produtos e a confiança e segurança de que os retalhistas e os consumidores finais precisam.

Nada disto é possível sem um branding único. Com as marcas a lutarem por mais espaço nos retalhistas, esta guerra só esfria conseguindo-se produtos cada vez mais desejados. Ter um produto fantástico ou saboroso é, agora, o mínimo. É preciso um branding diferenciador que, assim, permita tornar uma marca e produto tão memoráveis quanto possível, o que pode começar logo no packaging.

Batatas, cenouras ou outros produtos do setor não têm, por norma, uma imagem “elegante” nem diferenciadora, o que reforça ainda mais a urgência em criar uma boa identidade visual e, assim, conquistar novos targets.

Paralelamente, a informação sobre os produtos tem de estar acessível ao utilizador em todos os canais digitais, nomeadamente no website. Isto passa por ter um website informativo, dinâmico e user friendly, que mostre as políticas de sustentabilidade, de agilizar a venda e de dar resposta às pesquisas dos consumidores. Implica, também, ter conteúdos relevantes para a comunidade, de forma a dar credibilidade e autoridade à marca.

Credibilidade essa que se constrói, também, com conteúdo de blog. Com as pesquisas nos motores de busca a aumentarem significativamente para termos como “alimentação saudável” ou “quais os benefícios de comer legumes”, urge dar as respostas de que os utilizadores estão à procura, com um blog devidamente otimizado em SEO. Não há atalhos.

Por fim, mas igualmente, os canais onde os utilizadores passam mais tempo: as redes sociais, um ramo indispensável no ecossistema digital.

Numa era com mais de 8,5 milhões de utilizadores ativos, o que equivale a 83,7% da população portuguesa, ter uma presença ativa e estruturada nas redes sociais é e continuará a ser um excelente veículo de geração de awareness e, mais importante, de ligação com a comunidade.

É, aliás, devido aos influenciadores com maior tração nas redes, como nutricionistas ou outras personalidades com credibilidade junto das suas comunidades que, hoje, o desejo pelos produtos é alavancado, nomeadamente quando falamos de saúde e de uma alimentação saudável.

O poder das ferramentas digitais, aliado a uma estratégia impulsionadora, a notoriedade constrói-se e as vendas colhem-se. O segredo, diria, está numa estratégia bem semeada.

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