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Greve dos trabalhadores das administrações portuárias põe em risco indústria agroalimentar

Por a 29 de Dezembro de 2022 as 12:39

A FIPA – Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares alerta para a grave situação que a greve dos trabalhadores das administrações portuárias está a causar às empresas do setor agroalimentar, e lança um apelo às partes envolvidas para que “cheguem rapidamente a uma solução para este conflito laboral”.

“A manter-se, a greve dos trabalhadores das administrações portuárias coloca em causa o normal funcionamento da indústria agroalimentar, setor para o qual os portos do continente, Madeira e Açores são porta de entrada de matérias-primas no país. De igual modo, compromete a exportação de bens e o cumprimento de prazos de entrega de encomendas, situação que coloca em causa relações futuras com o exterior” refere a FIPA em comunicado.

Este Federação não esquece que a greve é um direito fundamental dos trabalhadores, mas sublinha que esta paralisação está a afetar já o fornecimento e consumo de bens essenciais e a trazer prejuízos incalculáveis e duradouros para as empresas e para os seus colaboradores.

“O risco de rutura no abastecimento de algumas matérias-primas para alimentação é já uma realidade” sublinha.

Preocupada com a situação e  node não se encontrar uma solução para este conflito, a FIPA “entende que devem ser revistos e assegurados de imediato os serviços mínimos, uma vez que atualmente não comportam a descarga de matéria-prima de bens alimentares essenciais”.

“Durante a pandemia Covid-19, os setores agroalimentar e portuário trabalharam de forma ininterrupta. Um modelo que urge retomar, tanto mais que existem empresas, como as da fileira dos cereais, que têm uma dependência de matérias-primas importadas na ordem dos 80% e uma capacidade de armazenamento reduzida” pode  ler-se ainda.

Jorge Henriques, presidente da FIPA, afirma que “é pelo diálogo que têm de ser resolvidas as questões laborais”. As greves, diz, “só servem para destabilizar, ainda mais, a economia e sobretudo as empresas, que têm hoje pela frente uma difícil prova de sobrevivência, que passa por saber gerir num contexto de inflação e instabilidade, nunca experimentado pelas gerações no ativo”.

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