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Nescafé quer metade do café produzido através de agricultura regenerativa até 2030

Por a 5 de Outubro de 2022 as 19:45

NescaféA Nescafé anunciou esta terça-feira um investimento de mil milhões de francos suíços (1.022 milhões de euros) com o objetivo de ter, em 2030, metade do café produzido através de métodos de agricultura regenerativa.

A marca da Nestlé, atualmente vendida em 186 países, trabalha com cerca de 100 mil produtores de café, a grande maioria em sete países: Brasil, Vietname, México, Colômbia, Costa do Marfim, Indonésia e Honduras. Parte do investimento irá ser aplicado precisamente nestes sete países de forma a melhorar as parcerias com estes 100 mil produtores de café e chegar a mais 100 mil agricultores, revelou Marcelo Burity, head of Green Coffee Development da Nestlé, num webinar organizado para apresentar o novo plano da Nescafé.

Philipp Navratil, head of Coffee Strategic Business Unit da Nestlé, detalhou que cerca de 60 milhões de francos suíços serão aplicados em práticas de agricultura regenerativa e em apoios monetários de forma a incentivar os agricultores a adotarem estas práticas. A marca irá ainda aplicar cerca de 40% daquele investimento em programas que já estão em curso, como são exemplo a assistência técnica aos agricultores in loco ou os programas de promoção de cadeias de fornecimento responsáveis.

Até 2020, o objetivo passa por ter 20% do café proveniente de agricultura regenerativa, cifra que, em 2030, deverá atingir 50% do café vendido pela marca, estima o novo plano.

São exemplo de práticas de agricultura regenerativa a diversificação de culturas para melhorar a qualidade do solo, a aposta na pecuária para adubo natural e o cultivo de abelhas, entre outras. Este tipo de agricultura, segundo a marca, permitirá reduzir o impacto da produção no ambiente, melhorar os rendimentos dos agricultores e lidar de forma mais eficiente com o impacto das alterações climáticas na produção de café.

No que difere este plano do apresentado em 2010? “Com este novo plano, assumimos uma mudança para um novo nível. O que fizemos desde 2010 usamos agora como fundação para esta nova fase que utiliza uma estratégia mais integrada e inclusiva que irá beneficiar milhares de agricultores”, sublinha Marcelo Burity.

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