Criação de empresas de retalho recua há cinco meses consecutivos

A criação de empresas no setor de retalho está a diminuir há cinco meses consecutivos, revela um estudo da Informa D&B. Em contraciclo com maioria dos setores de atividade, o retalho regista no acumulado desde janeiro até julho de 2022 uma diminuição de 13% na constituição de novas empresas. A par deste setor, apenas os setores de agricultura e outros recursos naturais perdem gás na constituição de novas empresas.

Esta descida verificada no setor do retalho é transversal a quase todos os subsetores de atividade, sobretudo nas áreas têxtil, moda e generalista. Apenas o retalho automóvel e de artigos para o lar e materiais cresce em novas empresas entre janeiro e julho.

No conjunto de todas as atividades, entre o início do ano e 31 de julho foram criadas em Portugal 28.989 novas empresas, o que representa um crescimento de 17% face a igual período de 2021.

Apesar da trajetória de crescimento, em julho a criação de empresas caiu quase 7% em relação ao mesmo mês de 2021, com menos 236 constituições, “quebrando um ciclo de crescimento que vinha desde outubro passado e que só tinha sido interrompido em abril”, alerta o estudo. A descida verificada no mês passado está concentrada nas regiões do Norte e Centro, “influenciando significativamente o decréscimo total”.

Até julho, o maior número em constituição de novas empresas ocorreu nos setores dos transportes, serviços gerais, serviços empresariais e alojamento e restauração.

No período em análise, encerraram 6.815 empresas em Portugal, menos 2,5% do que no período homólogo. A maioria dos setores de atividade registam valores de encerramento inferiores a 2021, à exceção dos setores de retalho, atividades imobiliárias e indústria. Até julho, 962 empresas iniciaram processos de insolvência, valor que representa uma descida de 21% em termos homólogos.