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Guerra na Ucrânia obriga Henkel a aumentar preços

Por a 29 de Abril de 2022 as 15:09
Carsten Knobel, CEO da Henkel

Carsten Knobel, CEO da Henkel

A Henkel reportou um crescimento orgânico nas vendas de 7,1% para 5,3 mil milhões de euros no primeiro trimestre de 2022, tendo a subida sido suportada pelo aumento dos preços, em resposta à subida de custos das matérias-primas e relacionadas com a logística. A empresa decidiu fazer uma nova revisão de preços devido à guerra na Ucrânia.

 

“O ambiente económico geral continuou a deteriorar-se drasticamente desde o início do ano. Os efeitos da crise global de Covid-19, com uma situação excecionalmente tensa nos mercados de matérias-primas e nas cadeias de abastecimento, foram claramente intensificados pelo conflito na Ucrânia. Assim, os preços dos materiais e de logística voltaram a aumentar significativamente”, explica Carsten Knobel, CEO da Henkel, citado em comunicado com a apresentação das vendas preliminares do primeiro trimestre.

 

A agravar a situação, o grupo germânico avançou para o encerramento das atividades na Rússia. Mas não só. “Decidimos encerrar também as nossas atividades na Bielorrússia. Isto afeta as nossas vendas anuais totais em cerca de mil milhões de euros e mais de 2.500 colaboradores”, detalha o responsável.

 

Os números superaram as expectativas dos analistas de mercado, que estimavam um crescimento de 4,3%. “O aumento foi impulsionado principalmente por uma forte evolução dos preços combinada com uma ligeira queda nos volumes”, salienta a empresa alemã, no mesmo documento.

 

No âmbito de uma conjuntura inflacionista, agravada pela invasão da Ucrânia, a Henkel espera, em matéria de preço de materiais, um aumento em termos intermediários de 20% para 2022, quando já havia sido estimado um crescimento de 10%. “Estes são custos adicionais para todo o ano de cerca de dois mil milhões de euros. O dobro do que tínhamos antecipado no final de janeiro. Nunca tínhamos testemunhado aumentos desta magnitude. Estamos a combater estes desenvolvimentos com contramedidas específicas, com novos aumentos de preços e melhorias na nossa eficiência”, afirma Carsten Knobel.

 

A Henkel atualizou assim as suas estimativas anuais para um crescimento orgânico das vendas entre 3,5% e 5,5%. A anterior previsão apontava para um crescimento entre 2% e 4%.

 

 

 

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