Sonae ultrapassa pela primeira vez 7.000 milhões de euros em volume de negócios

O grupo Sonae terminou o exercício de 2021 com um resultado líquido atribuível a acionistas de 268 milhões de euros, em comparação com o lucro de 71 milhões de euros apresentado em 2020.

Em comunicado enviado à CMVM, Cláudia Azevedo, CEO da companhia, classificou como “notável” o desempenho em 2021, com a continuação do aumento da quota de mercado em todo o portefólio.

A companhia liderada por Cláudia Azevedo ultrapassou, pela primeira vez na história, a barreira de 7.000 milhões no volume de negócios. Este indicador atingiu 7.023 milhões de euros, um crescimento de 5,3% em relação a 2020. A MC e a Worten foram as insígnias que tiveram maior responsabilidade neste desempenho.

A MC, unidade alimentar da holding, registou um volume de negócios de 5.362 milhões de euros, um crescimento de 6,3% face ao ano anterior. As vendas comparadas subiram 3,4%. N caso da Worten, o volume de negócios foi de 1.175 milhões de euros, representando um aumento de 1,2%. As vendas comparadas, por seu turno, cresceram 8,8%.

As vendas agregadas online excederam 600 milhões de euros. “Estou naturalmente orgulhosa destes resultados. Mas estou igualmente orgulhosa da forma como mantivemos o nosso foco no futuro. Coletivamente, investimos mais de mil milhões de euros durante o ano para melhorar o parque de lojas, renovar canais digitais, preparar instalações logísticas para o futuro, garantir redes digitais de nova geração e expandir o nosso portefólio de empresas para novas áreas de crescimento”, assinala Cláudia Azevedo.

Apesar do nível de investimento do grupo em 2021, o free cash flow atingiu 681 milhões de euros e a dívida foi reduzida em mais de 500 milhões de euros para 563 milhões de euros.

“Conseguimos atingir este nível de crescimento mantendo ainda o nosso forte desempenho ao nível da rentabilidade, com o EBITDA consolidado a aumentar 18% em termos homólogos, para mais de 730 milhões de euros”, salienta a líder da Sonae. Já O EBITDA subjacente atingiu 603 milhões de euros, valor que compara os 576 milhões de euros.

No final de 2021, o valor líquido do património era de 4.015 milhões de euros, comparando com os 3.843 milhões de euros de 2020. A dinâmica do portefólio resultou da venda da venda 24,99% da MC à CVC, da venda de 17 lojas da Worten em Espanha à MediaMarkt e do encerramento de 14, da aquisição de uma participação adicional da Sierra de 10%, da aquisição de 95,4% da Gosh Food, da venda de 50% da MaxMat com “mais-valias significativas”. Por outro lado, a Bright Pixel concluiu a venda da Bizdirect e da CB4, tendo já três ativos com avaliações unicórnio no portefólio.