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Compras em plataformas de social media deverão alcançar 1,2 biliões de dólares até 2025

Por a 13 de Janeiro de 2022 as 14:07

omnicanalA indústria global de social commerce, que representa atualmente um  volume de negócios de 492 mil milhões de dólares, deverá crescer três vezes mais rápido do que as lojas tradicionais de comércio eletrónico para 1,2 biliões de dólares até 2025. Os dados resultam de um novo estudo da Accenture que indica que o crescimento será impulsionado principalmente pelos utilizadores redes sociais das gerações Z e Millennials, que irão representar 62% do social commerce global até 2025.

No comércio social toda a experiência de compra – da pesquisa ao processo de checkout – ocorre numa plataforma de social media. De acordo com o relatório da Accenture, “Why Shopping’s Set for a Social Revolution”, quase dois terços (64%) dos utilizadores de redes sociais inquiridos afirmaram que fizeram uma compra em social commerce no ano passado.

“A pandemia mostrou o quanto as pessoas usam as plataformas sociais como um ponto de entrada para tudo o que fazem online – notícias, entretenimento e comunicação, comenta Eduardo Fitas, managing director da Accenture, responsável pela área de comunicações, media e tecnologia em Espanha, Portugal e Israel, citado em comunicado de imprensa. “O aumento constante do tempo gasto nas redes sociais reflete o quão essenciais estas plataformas são na nossa vida diária. Estão a reformular a forma como as pessoas compram e vendem, o que constitui novas oportunidades para as plataformas e marcas em termos de experiências de utilizador e fluxos de receita”, acrescenta.

Comércio social capacita marcas com menos expressão

O estudo revela ainda que mais de metade (59%) dos compradores sociais inquiridos afirmaram que estão mais propensos a apoiar pequenas e médias empresas através do social commerce do que quando compram em sites de e-commerce. Além disso, 63% disseram que têm mais probabilidade de voltar a comprar ao mesmo vendedor, o que mostra os benefícios do comércio social na fidelização e no incentivo às compras repetidas.

“O comércio social é uma força niveladora, impulsionada pela criatividade, engenho e poder das pessoas. Capacita marcas com menor expressão e indivíduos e faz as grandes marcas reavaliarem a sua relevância num mercado de milhões de indivíduos”, salienta, por sua vez, Manuela Vaz, managing director da Accenture Portugal, responsável pelas áreas de retalho e bens de consumo.

“Tomar as decisões certas em relação ao comércio social exigirá que criadores, revendedores e marcas vão ao encontro ao consumidor, e não o contrário, com os seus produtos e serviços”, aconselha, acrescentando que isto “significa trabalhar em conjunto dentro de um ecossistema dinâmico de plataformas, mercados, social media e influenciadores para partilhar dados, insights e recursos para garantir os incentivos certos e a melhor experiência de consumidor num mercado digital integrado”.

Falta de confiança. “O desafio que vai levar tempo a superar”

Dos aspetos menos positivos da compra através de redes sociais, metade dos inquiridos indica o receio de que as compras não sejam protegidas ou reembolsadas de forma adequada, tornando a confiança a maior barreira para a adoção, tal como aconteceu com o e-commerce na sua fase inicial.

“Aqueles que ainda não usaram o comércio social dizem que um dos motivos pelos quais estão reticentes é a falta de confiança na autenticidade dos vendedores sociais, enquanto os utilizadores ativos referem as más políticas de devoluções, reembolsos e trocas como uma área a ser melhorada”, afirma Manuela Vaz. “A confiança é um desafio que levará tempo a ser superado, mas os vendedores que se focam nessas áreas estarão mais bem posicionados para aumentar a sua quota de mercado”, acredita a responsável.

O que estão a comprar os utilizadores?

O estudo da Accenture prevê que, em 2025, o maior volume de compras em comércio social a nível global seja em roupas (18% de todo o social commerce em 2025), eletrónicos de consumo (13%) e decoração para a casa (7%). Os alimentos frescos e snacks também representam uma grande categoria de produtos (13%), embora as vendas sejam quase exclusivamente feitas na China.

Já o segmento de beleza e cuidados pessoais, embora com menor peso em termos de vendas totais de comércio social, deverá ganhar terreno ao e-commerce rapidamente e representar, em média, mais de 40% do consumo digital nesta categoria nos principais mercados até 2025.

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