Procter & Gamble reduz em 4% o lucro em ambiente de aumento de custos da operação

A Procter & Gamble reportou um lucro 4.112 milhões de dólares (3.545 milhões de euros) no primeiro trimestre do ano fiscal de 2022, uma diminuição de 4% face a igual período de 2021.

Esta quebra ocorreu num período de alta de custos dos produtos comercializados, que subiram 13% para 10.365 milhões de dólares (8.936 milhões de euros). “Apresentámos resultados sólidos no nosso primeiro trimestre fiscal de 2022 num ambiente desafiador em termos de custos e ao nível operacional”, afirma David Taylor, CEO da P&G, citado, em comunicado com a apresentação dos resultados trimestrais.

A companhia prevê que este ambiente de aumento de custos continue. Estima um impacto de 2,3 mil milhões de dólares (1,9 mil milhões de euros) nos custos de matérias-primas e de transportes. Aumentos que resultam do aumento dos custos de energia e dos congestionamentos da cadeia de abastecimento global. A P&G espera, por isso, aumentar o preço de alguns dos seus produtos.

Em relação ao ano fiscal anterior, a companhia norte-americana espera terminar o ano com um aumento das vendas entre 2% a 4%.

As vendas líquidas do primeiro trimestre cifraram-se em 20.338 milhões de dólares (17.535 milhões de euros), um crescimento de 5% face ao ano anterior. Excluindo os efeitos cambiais, de aquisições e de desinvestimentos, o crescimento das vendas orgânicas foi de 4%.

Os ganhos diluídos por ação foram de 1,61 dólares (1,39 euros), uma diminuição de 1% face a igual período do ano anterior. A companhia terminou o período com um lucro bruto de 9.973 milhões de euros, sendo a margem de 49%, menos 5,7 pontos percentuais face ao período homólogo do ano anterior.