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Portugal é o país mais dependente de promoções na Europa

Por a 27 de Maio de 2021 as 15:45

retalhoPortugal é o país europeu onde existe maior dependência de promoções no setor dos bens de grande consumo na Europa, com um peso nas vendas de 31,1% e com 60% das cestas a terem pelo menos um produto em promoção em 2020, segundo dados da Kantar, num estudo realizado em conjunto com a Centromarca.

Em matéria de dependência promocional, o Reino Unido ocupa a segunda posição, com uma quota de 30,6%. Já a Polónia surge em terceiro lugar com uma quota de 26,3%. Portugal está ainda entre os países onde a marca de distribuição mais cresceu em termos de quota de mercado, com uma subida de 2 pontos percentuais (p.p.), atrás da Colômbia, Roménia e Sérvia.

“As promoções e a preocupação com o fator preço estão há muito no topo das prioridades dos portugueses, no entanto as promoções realizadas de forma contínua não ajudam a construir valor para as marcas, para as categorias e, em última análise, para o mercado. O shopper português aposta especialmente em promoções que assentam em desconto imediato, reduções temporárias de preço ou os chamados preços especiais, mas mais de duas em cada cinco categorias têm forte dependência promocional, sem que apesar disso gerem incrementalidade para o universo do grande consumo”, refere Marta Santos, sector director da Kantar, citada em comunicado.

Por outro lado, os grupos mais fiéis às promoções representam 39% dos lares portugueses, tendo este grupo uma dependência às promoções superior à média.  Trata-se de jovens e casais com filhos pequenos, cujas compras de produtos de marca própria cresceram no último ano. Os consumidores menos fiéis às promoções, que representam 61% dos lares, estão dispostos a pagar tanto pelas marcas de fabricante como pelas marcas da distribuição, utilizando uma maior variedade de lojas e diferentes canais de compra.

“Portugal é um dos países europeus com maior dependência promocional e hoje essa massificação gera um reduzido efeito de alavancagem de vendas, mas continua a ser uma ferramenta fundamental para as marcas, aproximando-as dos consumidores e dotando-as de maior poder competitivo face às marcas dos distribuidores. Independentemente das estratégias promocionais específicas que sejam seguidas pelos retalhistas e pelas marcas, o mais relevante é que as mesmas correspondam a uma proposta de valor atraente para o consumidor e que não gerem tensões desnecessárias ao nível do seu financiamento ou partilha de valor”, esclarece Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca.

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