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Rendas de espaços logísticos de “last mile” vão subir entre 5% a 7% este ano em Portugal

Por a 11 de Fevereiro de 2021 as 12:09

logistica_#O grande e súbito crescimento das vendas online levou a um aumento da procura de espaços logísticos na Europa. E Portugal não foi exceção à regra. Se os operadores nacionais já procuravam investir e reconfigurar as suas infraestruturas logísticas antes do aparecimento da Covid-19, o aumento das vendas online acelerou essa reconfiguração.

Existindo no mercado português de logística mais compradores do que vendedores e perante a pressão do aumento da procura, a pergunta impõe-se: como deverão evoluir as rendas destes espaços em 2021? Nuno Pereira da Silva, diretor da área industrial e logística da CBRE, antevê dois cenários. “No caso das rendas de espaços de logística “last mile” e dado o carácter urbano da procura, existe uma acentuada escassez de oferta. A elevada procura irá certamente implicar um acréscimo de rendas junto principalmente dos projetos localizados nas grandes áreas urbanas. Estimamos um aumento nas rendas entre os 5 e os 7%”.  Já nas rendas da grande logística é esperado o contrário. “Em relação à grande logística julgamos que os preços se irão manter estáveis, pela simples razão de que os operadores ainda estão sem abertura para um incremento de rendas, apesar da pressão do aumento de custos de produção”, afirmou Nuno Pereira da Silva, na conferência “The next normal: reset to change”, organizada pela CBRE, na manhã desta quinta-feira.

Nuno Pereira da Silva está confiante que, no que diz respeito à absorção de espaços logísticos em Lisboa, Portugal vai exceder os níveis alcançados em 2020 e inclusive ultrapassar o máximo de valor histórico de 170 mil metros quadrados verificado em 2017. “Para estes números contribuem três fatores, um pipeline robusto, em termos de procura. Só para dar um exemplo na Grande Lisboa temos registado 350 mil metros quadrados de procura. Nestes números estão incluídos não só projetos para o last mile delivery, como para a grande logística”. Em segundo lugar, “vamos assistir à continuidade das empresas no desenvolvimento de projetos à sua medida. Isto é uma tendência que se verificou em 2020 e em 2021, com certeza, irá continuar. Por outro lado, temos a entrada em mercado de alguns projetos que estão em construção de uma forma especulativa que têm grandes qualidades técnicas e que ao aparecerem no mercado poderão contribuir para a ocupação em 2021”, termina.

 

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