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Depois de maior afluência às lojas, consumidores estabilizam padrão de consumo

Por a 5 de Fevereiro de 2021 as 13:38

retalhoOs portugueses afluíram mais às lojas de distribuição alimentar no início do ano, depois do aumento do número de casos diários de Covid-19, tendo posteriormente estabilizado o seu comportamento de consumo, revela um estudo da Kantar para a Centromarca.

“Numa comparação entre a média diária de cestas feitas durante o último ano (desde o dia em que foram confirmados os primeiros casos de Covid-19) e a média deste ano, é possível concluir que os portugueses estão a fazer mais 8% de cestas diariamente. No entanto, as cestas são mais pequenas e mais positivas em termos de consumo, sem necessidade de existir açambarcamento e demonstrando confiança em relação à capacidade de resposta do retalho alimentar e de toda a cadeia de abastecimento”, refere o documento.

Nos dias seguintes, registou-se uma estabilização do padrão de compra, tendo os consumidores portugueses voltado a ir com mais regularidade às lojas, na comparação com a média diária de 2020. No entanto, a regularidade de idas às lojas está abaixo do histórico anterior à pandemia, tendência que, segundo a Kantar, deverá manter-se nos próximos meses.

“O disparar dos números relativos a novos infetados e a doentes hospitalizados, logo nos primeiros dias de janeiro, alarmou as famílias portuguesas que, no dia 8 de janeiro, tiveram um comportamento de compra semelhante ao que já tinha sido visto a 3 de março de 2020 – primeiro dia de corrida às lojas no início da pandemia – ou seja, revelando uma maior afluência às lojas e cestas com um número de produtos acima da média. Contudo, este padrão de compra acabou por estabilizar nos dias seguintes, associado a uma maior tranquilidade em termos de consumo”, refere Marta Santos, manufacturers sector director da Kantar, citada em comunicado.

De acordo com a análise da Kantar, a variação da afluência às lojas está relacionada com as alterações feitas pelo Governo às medidas de contingência, a exemplo do que sucedeu com o encerramento das escolas, “pela necessidade de reforçar a despensa devido ao maior número de pessoas em casa”.

Por outro lado, o fim-de-semana perdeu a relevância no que diz respeito aos dias escolhidos para os portugueses fazerem as suas compras, sendo agora o domingo o dia menos escolhido.  “A análise ao comportamento dos consumidores durante o mês de janeiro permite-nos perceber que todas as mudanças, restrições e incertezas acumuladas ao longo de 2020 tornaram os portugueses muito mais experientes no ato de compra em contexto de pandemia e, por isso, mais preparados e flexíveis para um confinamento iminente. Esta preparação ficou não só refletida por uma menor corrida às lojas e sem açambarcamento generalizado, como também por um consumo mais positivo, privilegiando produtos frescos em detrimento de produtos ‘de sobrevivência’”, assinala Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca.

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