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Portos de Portugal continental com recuo de 11,4% nos primeiros sete meses do ano

Por a 18 de Setembro de 2020 as 15:29

Porto-de-leixõesOs portos de Portugal continental movimentaram 46,3 milhões de toneladas nos primeiros sete meses do ano, um recuo homólogo de 11,4% face a 2019, ou seja, menos 5,95 milhões de toneladas, segundo dados divulgados esta sexta-feira pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT)

O volume de carga movimentada em julho, porém, indica sinais de abrandamento relativamente às diminuições assistidas aos longo do ano, com uma redução de 17,3 pontos de pontos percentuais face ao decréscimo registado em junho.

A descida é explicada, aliás, pelo desempenho de quase todos os portos nacionais. Sines foi o porto a registar a maior descida, de 2,4 milhões de toneladas, seguindo de Lisboa, com um recuo 1,6 milhões de toneladas. Já Leixões sofreu uma queda de 1,4 milhões de toneladas. Os portos da Figueira da Foz e de Faro registaram, no entanto, um desempenho positivo, com um movimento conjunto de mais 52,3 mil toneladas, com crescimentos homólogos de 2,6% e de 37%, respetivamente.

O carvão é o principal responsável pela descida global, com um registo homólogo de menos 1,88 milhões de toneladas, que se traduz num recuo de 85,5%. O que sucedeu devido à ausência de importações nos últimos três meses, depois da suspensão quase total da atividade das centrais termoelétricas de Sines e do Pego.

Relativamente ao petróleo bruto e produtos petrolíferos, estes mercados sofreram também recuos significativos em termos de volume, fixando-se em menos 827,8 mil toneladas (-11,9%), e em menos de 1,66 milhões de toneladas (-15,5%), respetivamente. Estas quedas “resultam inequivocamente da crise pandémica, uma vez que esta levou a uma forte retração do consumo de combustíveis, a nível nacional e internacional, e, consequentemente, a uma interrupção e redução da sua produção por falta de capacidade de armazenamento, com significativos efeitos nefastos no desempenho dos portos de Leixões e de Sines”, refere o documento da AMT.

Por outro lado, a carga contentorizada registou também quedas entre janeiro e julho, com uma diminuição de 603,9 mil toneladas. Diminuição que é explicada pela retração da economia provocada pela pandemia.

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