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As manobras do retalho para contornar o impacto da pandemia no negócio

Por a 20 de Agosto de 2020 as 10:11

retalhoAs restrições de mobilidade e o encerramento das lojas, como medida de combate à disseminação da Covid – 19, ditaram perdas significativas para o setor do retalho, em especial o de base não alimentar.

Para compensar a quebra das vendas nas lojas físicas, alguns retalhistas apostaram forte nas vendas online. “A incerteza quanto à duração da pandemia e o impacto no volume de vendas forçou os lojistas a procurarem soluções práticas e rápidas para os problemas atuais. Em alternativa a encerrarem o seu negócio, alguns lojistas optam por usar os seus espaços com a finalidade de servirem o “lastmile delivery”, aproveitando o ritmo do crescimento do comércio online, ou como ponto de distribuição para serviços de entrega de produtos alimentares, por exemplo, ao domicílio”, revela um estudo da consultora imobiliária Worx que conclui: “o retalho é o setor mais exposto aos impactos da pandemia”.

A par das limitações da atividade no setor foram surgindo incentivos e moratórias por parte dos proprietários, que continuam flexíveis e a negociar, garante a consultora. No que às rendas diz respeito, “continuam diferidas de forma a dar possibilidade dos lojistas se recomporem, apesar da situação atual continuar a ser desfavorável”.

“No caso dos centros comerciais o contexto é semelhante”, continua a Worx, “embora o impacto previsto seja maior. As limitações dos horários e suspensão das rendas fixas aos lojistas comprometeu ainda mais a atividade dos proprietários dos centros comerciais, ficando limitados apenas à renda variável”.

As rendas prime do mercado imobiliário registaram, no primeiro semestre, os valores alcançados em  2019. “Face ao período homólogo, apenas o comércio de rua em Lisboa e no Porto registaram uma subida (de 5 euros/m2/mês)”, revela a mesma fonte.

“Os centros comerciais e retail parks mantiveram os mesmos valores de renda prime, mas poderão vir a sofrer uma pressão descendente no curto-prazo, uma vez que são estabelecimentos altamente expostos à pandemia. Contrariamente a este segmento está o mercado prime no comércio de rua, prevendo-se que não seja tão afetado pela crise, uma vez que a oferta disponível é limitada e alvo de muita procura ao longo de todos os ciclos do mercado”, conclui.

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