Produtos não alimentares empurram volume de negócios no comércio a retalho para terreno negativo
O volume de negócios no comércio a retalho diminuiu, em março, 5,6% em comparação com o período homólogo do ano anterior, embora o desempenho de produtos alimentares e não alimentares tenha sido bastante díspar.
Segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a variação negativa registada em março contrasta com o crescimento de 8,9% no mês anterior.
Os produtos não alimentares sofreram um recuo homólogo de 16,8%, depois de um crescimento em fevereiro de 8,9%. Em relação aos produtos alimentares, estes apresentaram uma subida de 9% em comparação com igual mês de 2019. Em fevereiro, os bens alimentares cresceram 8,9%.
Analisando a variação em cadeia, o volume de negócios comércio a retalho sofreu um recuo 11,8% em março, tendo os produtos alimentares registado um crescimento de 1,4%. Contrastando com este desempenho, o volume de negócios no comércio a retalho de bens não alimentares apresentou uma descida de 22% em relação a fevereiro.
“Em termos nominais, o índice agregado passou de uma taxa de variação homóloga de 8,8% em fevereiro para -7,2% em março. O agrupamento Produtos não Alimentares registou uma diminuição homóloga de 19,6%, enquanto o agrupamento Produtos Alimentares aumentou 8,8% (aumentos de 8,2% e de 9,5% em fevereiro, pela mesma ordem)”, refere o INE.
Analisando o comportamento trimestral, as vendas homólogas no comércio a retalho cresceram 2,5%, tendo os produtos alimentares crescido 7,2%. Os bens não alimentares, por sua vez, diminuíram 1,1%.
Os índices de emprego e de remunerações aumentam, em março, 1,8% e 2,9%, respetivamente, em termos hómlogos.