CESP apela a medidas da DGS para proteção dos trabalhadores e clientes da distribuição

O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) enviou uma carta a Graça Freitas, diretora-geral de saúde, a reivindicar medidas para proteger os trabalhadores das cadeias de distribuição.

Em comunicado citado pela Lusa, o CESP defende que as cadeias de retalho alimentar não tomaram as medidas necessárias de proteção dos seus trabalhadores. “Sem a devida formação e proteção individual”, afirma o sindicato, os trabalhadores correm riscos pessoais e podem tornar-se transmissores do vírus da Covid-19, por manusearem e respirarem para cima das embalagens e produtos comercializados.

“A situação preocupa cada vez mais os trabalhadores. Muitos continuam a trabalhar sem proteção individual, como qualquer cidadão ainda ontem [segunda-feira] podia observar em linhas de caixa de mais do que uma cadeia de supermercados”, sublinha o CESP, no documento citado pela agência Lusa.

O CESP reivindica assim “medidas urgentes de proteção de trabalhadores e consumidores das cadeias de super e hipermercados”. Na carta dirigida a Graça Freitas, o sindicado lembra que “só muito tarde começaram a oferecer alguma proteção aos trabalhadores que manuseiam os produtos”.

“Algumas empresas distribuíram máscaras, muitas de papel, impossíveis de usar pelos trabalhadores devido ao esforço exigido no desempenho das funções profissionais, e não distribuem nem luvas nem máscaras para os manipuladores nas áreas de logística, transporte e reposição nas lojas”, refere o mesmo documento, citado pela agência noticiosa.